
O especial de hoje conta um pouco sobre o icônico quinto álbum de estúdio lançado pelo quarteto inglês Arctic Monkeys em setembro de 2013. O AM representou um divisor na sua trajetória, tendo sido responsável por levá-los a um novo nível de sucesso, além da bolha do indie rock.
AM: o divisor de águas na carreira dos Arctic Monkeys
O disco possui 12 faixas e 4 singles, dentre elas alguns dos maiores sucessos do Arctic Monkeys, como Do I Wanna Know, Why’d You Only Call Me When You’re High, I Wanna Be Yours e R U Mine.
Na época do seu lançamento, AM foi um fenômeno, estreando no topo das paradas musicais e vendendo mais de 150 mil cópias só na primeira semana. Além disso, todas as músicas do álbum se tornaram sucessos na época e influenciaram uma geração de jovens.
AM contou com a participação especial de Josh Homme (Queens of the Stone Age). O vocalista e compositor canta nos últimos 30 segundos da canção Knee Socks e participa de One For The Road. Além de Homme, outros amigos da banda participaram, como Pete Thomas (baterista que tocou com Elvis Costello).
O álbum destacou-se pela sua sonoridade inovadora, com influência de diferentes ritmos musicais como o R&B do Outkast e um estilo de rock influenciado por Black Sabbath e The Velvet Underground, além de trazer uma variedade de instrumentos. AM era diferente de todo o material produzido pela banda até então, sobretudo Suck It And See, lançado 2 anos antes.
O álbum foi aclamado pela crítica especializada e pelo público, consagrando-o como o mais famoso da banda até hoje.
O jornal The Guardian, referindo-se ao trabalho da banda, elogiou a combinação dos riffs de Humbug ao pop do Suck It and See; a revista Time Out declarou que uma das melhores bandas britânicas atuais acabava de melhorar; e o website Pitchfork classificou-o com nota 8.0, positiva para o seu padrão de críticas e apontou uma mudança nas letras: antes relatavam crônicas de uma cultura indie noturna e no AM mostravam-se mais sofisticadas e lacerantes.
Entretanto, AM é um álbum polêmico: se, por um lado, foi elogiadíssimo e trouxe uma legião de novos fãs, por outro, foi criticado por parte dos fãs mais antigos dos músicos, que criticavam tanto os “posers”, ou seja, recém-chegados a partir do lançamento do AM em 2013, quanto o som que “não parecia com o som do Arctic Monkeys”.
A estética visual na era AM
A capa do álbum é única e ainda hoje estampa a maior a parte das blusas utilizadas por fãs da banda. A estética visual do frontman Alex Turner, com seu topete penteado com gel, jaqueta de couro, óculos escuros e cigarro na mão, também era bem característica e continuamente copiada pelos fãs.

Eu lembro a primeira vez que fizemos uma gravação, e eu vi isso voltando e fazendo o equalizador ir – os arranha-céus verde e o vermelho subindo e descendo. Havia algo muito de especial sobre isso, é bem sexy. E o vídeo para o “Do I Wanna Know?” meio que subscreve essa idea, assim como a capa do álbum – é o som que faz o visual. Eu fiz um rascunho disso e se tornou a capa.
Alex Turner
O nome AM, além de representar as iniciais da banda, foi escolhido em referência ao álbum VU (1969) da banda The Velvet Underground, que tinha uma imagem da medida de unidade de volume na capa. AM significa “Modulação em Amplitude” – forma de transmissão de ondas de rádio. Na arte da capa observamos exatamente uma representação gráfica do fenômeno: ondas sonoras que formam discretamente as letras A e M em meio às ondulações.
E a sua faixa preferida do AM, qual é?
>> Leia aqui como foi a passagem dos Arctic Monkeys no Primavera Sound São Paulo em 2022.
1 thought on “10 Anos de AM: o álbum divisor na carreira dos Arctic Monkeys”