De Londres, o trio feminino Dream Wife está junto desde 2016 e depois de se apresentar no Lollapalooza Chicago em 2018, foi eleita uma das 13 melhores coisas que a Rolling Stone tinha visto no festival.
Mas as meninas vão além de um show bom e um indie rock com cara de punk: combativas, as letras da Dream Wife abordam feminismo e outras questões sociopolíticas, de uma forma que só uma banda formada por mulheres conseguiria abordar, com lugar de fala e conhecimento de causa. Tanto que, neste mesmo show do Lollapalooza, Rakel Mjöll fez questão de gritar: “Gênero é uma construção. Faça suas próprias regras.”
O mais recente single, lançado em maio, “Who do you wanna be?”, segundo a banda, é sobre: “correr na esteira capitalista e cair de cara na calçada”.
Cansadas de slogans vazios, monetização do feminismo, greenwashing e outras bobagens que a mídia nos empurra diariamente, elas chamam o ativismo das mídias sociais para as ruas:
“Abandonar o perfeccionismo e passar de narrativas hiperindividualizadas para a ação coletiva e sistemas colaborativos de cuidado é o caminho a seguir”.
O single foi lançado junto de um videoclipe gravado na piscina do St. George’s Leisure Center, em Shadwell, e segundo a banda, há uma razão especialmente política pra isso:
“Depois de ter sido abandonada no início de 2020, a piscina ficou desolada, cheia de água, com algas crescendo, e a estrutura caindo… Um símbolo da crescente austeridade neste país. Quando o centro não reabriu após o bloqueio, a comunidade se uniu para lutar por seus direitos de acesso público a atividades de lazer acessíveis. Shadwell Responds é um grupo de resposta líder da comunidade que realizou um protesto público ao Tower Hamlets Council, juntamente com fóruns da comunidade, questionários e arte pública. Depois de exercer pressão, eles conseguiram obter financiamento para um novo centro de lazer a ser construído no mesmo local. St George’s é um exemplo inspirador e animador do que pode acontecer quando as pessoas se unem para lutar pelas necessidades de uma comunidade e pelo poder da ação coletiva.”
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