O festival Summer Breeze teve sua primeira edição no Brasil nos dias 29 e 30 de abril e deu o que falar! Muitas bandas de diferentes vertentes do rock e metal se apresentaram nos palcos do festival, agradando todo tipo de gosto e reunindo diferentes gerações de público.
Com diversas atrações para além dos shows, o festival contou com opções de gastronomia, bastante opção de merch, espaço para descanso, espaço de meet &greet, festival de tattoo, expo de horror, palestras com ícones da música e muito mais!
Neste post, o Musicult vai falar sobre cinco shows que, na nossa opinião, foram os destaques dos dois palcos principais, o Hot e o Ice Stage!
A ordem da lista segue a ordem cronológica do festival.
Skid Row
No primeiro dia do Summer Breeze, uma das gratas surpresas foi o show do Skid Row, que se apresentou aqui no Brasil pela primeira vez com o novo vocalista, Erik Grönwall, que entrou para a banda em 2022.
A banda de hard rock formada por Erik Grönwall (vocal) Dave Sabo (guitarra), Scotti Hill (guitarra), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria) trouxe um setlist repleto de sucessos da banda, nas épocas de ouro de Sebastian Bach e também com músicas do álbum mais recente, já com vocais de Grönwall, o The Gang’s All Here (2022).
O show já começou com “Slave to the Grind“, que levantou o público do Hot Stage logo de cara. Outras músicas que levantaram o público foram as clássicas “Big Guns“, “18 and Life“, “Monkey Business“, “Youth Gone Wild” e a surpresinha do setlist, “In a Darkened Room“, que entrou no lugar de “Remember You” – confesso que queria ter visto ambas. As novas “Time Bomb” e “The Gang’s All Here” também foram muito bem executadas.
Para uma banda que vinha de uma era de outro, passando por turbulências e beirando o esquecimento, o Skid Row parece ter renascido e merece posto de um dos melhores shows do primeiro dia do Summer Breeze.
Stone Temple Pilots
Quando falamos em STP, é muito difícil não se perguntar “o que será que eles ainda têm para oferecer?”. A verdade é que após a morte de Scott Weiland e a passagem curta de Chester Bennington pelos vocais, muitos fãs se distanciaram da banda e o restante do público então… mas para a surpresa de muitos, o Stone Temple Pilots está muito bem, obrigada!
Com Jeff Gutt nos vocais, Dean DeLeo na guitarra, Robert DeLeo no baixo e Eric Kretz na bateria, a banda optou por um setlist pesado (que contraria um pouco a vibe do último álbum) e recheado de hinos. Gutt tem semelhanças físicas e em postura com Weiland, mas segue suas particularidades também, de forma que não chegue a parecer um cover. Com muito carisma e questão de ficar próximo aos fãs (ele desceu duas vezes para cantar com a galera da grade), o vocalista ganhou a aprovação de boa parte do público presente no festival.
Músicas como “Vasoline”, “Down”, “Sex Type Thing” e os sucessos “Plush” e “Interstate Love Song” foram as que mais levantaram o público.
O único problema é que, para quem estava perto da grade, o som beirava o limite de altura que dava para aguentar. O som extremamente alto foi assunto em diversos lugares, inclusive reclamação de muitos vizinhos do Memorial da América Latina. Senti que especificamente o palco Ice Stage, onde a banda se apresentou, era o local onde o som estava mais alto no festival inteiro.
Blind Guardian
Atração principal do Hot Stage no primeiro dia do festival, o Blind Guardian reuniu uma multidão de fãs no Memorial da América Latina, que estavam sedentos por um show da banda que esteve no Brasil pela última vez há 8 anos. Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich (guitarra), Marcus Siepen (guitarra), Frederik Ehmke (bateria), Johan van Stratum (baixo) e Michael Schüren (teclados) fizeram uma verdadeira jornada pelas músicas mais queridas dos fãs.
Além de sucessos como “Welcome to Dying” e “Time Stands Still (At the Iron Hill)“, os fãs ganharam de presente a apresentação do álbum Somewhere Far Beyond, que ganhou uma turnê comemorativa de 30 anos, na íntegra!
Aí já viu, né? Os fãs apaixonados da banda puderam cantar sucessos como “Theatre of Pain“, “The Quest for Tanelorn“, “Ashes to Ashes” e, claro, a clássica “The Bard’s Song – In the Forest“, que fez o público entoar a canção a todos pulmões, criando um dos momentos mais bonitos do festival.
O vocalista Hansi Kürsch chegou a dizer que não vão demorar para voltar. Os fãs agradecem!
Kreator
Detentor do palco mais memorável do festival e provavelmente do som mais pesado da lista, o Kreator se apresentou no segundo dia do festival, no Hot Stage. Evocando o maior número de rodas abertas que vi ali no festival – literalmente em toda música – a banda formada por Mille Petrozza (guitarra e vocal), Ventor (bateria), Sami Yli-Sirniö (guitarra) e Frédéric Leclercq (baixo) fez um dos shows mais altos do festival.
O vocalista Mille Petrozza chegou a comentar que este foi o maior show da banda aqui no Brasil, e olha que os caras fazem show aqui desde 1992!
O público do Summer Breeze aderiu ao show e acompanhou do início ao fim. Foi interessante ver diferentes faixas de idade curtindo o show, inclusive crianças nos ombros dos pais – digo que foi interessante porque não é bem um tipo de show que a gente imagina ser curtido em família.
As músicas “Flag of Hate“, “Violent Revolution” e “Pleasure to Kill” finalizaram o show com o público no ápice da energia.
Avantasia
A cultuada Avantasia voltou a São Paulo para se apresentar no Summer Breeze no palco Ice Stage, que de Ice não tinha nada, dado à recepção fervorosa dos fãs da superbanda alemã de Tobias Sammet. A banda veio com a seguinte formação: Tobias Sammet (vocais), Oliver Hartmann (guitarra e vocais), Chiara Tricarico e Adrienne Cowan (vocais), Sascha Paeth (guitarra), Felix Bohnke (bateria) e Miro Rodenberg (teclados).
Além disso, como de praxe, vocalistas de outras bandas se juntaram ao Avantasia para algumas músicas: Ralf Scheepers (Primal Fear – foi o que mais permaneceu no palco), Bob Catley (Magnum), Ronnie Atkins (Pretty Maids), Herbie Langhans (Firewind) e Eric Martin (Mr. Big) apresentaram clássicos do Avantasia.
O horário da apresentação, no entanto, talvez não tenha sido o melhor para o Avantasia, já que foi logo após o show fervoroso do Kreator e logo antes do show do Parkway Drive, que já reunia uma galera na frente do palco para aguardar os australianos. Isso se deve, também, pela diferença de estilos e gerações.
Outro ponto que pode ter afetado a atenção do público é que estava rolando o show do Napalm Death no mesmo horário no palco do outro lado o festival, o Sun Stage. E em seguida ia ter Stratovarius, então uma boa parte do público se debandou para lá.
Tobias Sammet chegou a dar uma “bronca” em quem estava no outro palco – na verdade foi mais uma chamada de atenção quase como se dissesse “Parkway Drive é legal, mas se liguem nesse espetáculo que tá acontecendo aqui, isso é muito maior“, embora não tenha dito com essas palavras. Se é ou não, fica a cargo dos fãs das bandas responderem, mas de fato o show do Avantasia estava muito bom.
Músicas como “The Story Ain’t Over“, “Book of Shallows“, “Dying For an Angel“, “Avantasia” e “Lost in Space” foram os destaques do show.
Parkway Drive
Os australianos do Parkway Drive foram os responsáveis por encerrar as atividades no Hot Stage no último dia do festival. A banda de metalcore não encontrou o maior público do festival, talvez por ter competido o horário com o Stratovarius, que se apresentava no Sun Stage, talvez por não ser a mais conhecida dos brasileiros, mas para aqueles que permaneceram no Hot Stage, o festival estava pago!
O show do Parkway Drive, que não vinha ao Brasil desde 2014, teve uma das maiores energias em palco, além do grande número de pirotecnias. Quem estava ali na grade quase tostou (eu inclusive), mas valeu a pena. Winston McCall (vocal), Jeff Ling e Luke Kilpatrick (guitarras), Jia O’Connor (baixo) e Ben Gordon (bateria) fizeram um show rápido e intenso.
Já na primeira música “Glitch“, era possível saber o que esperar do restante do show. A energia permaneceu em alta durante toda a apresentação – e os fãs responderam à altura, com muitas rodas durante o show. Teve bate cabeça até na grade.
“Prey“, “Vice Grip” e “Wild Eyes” foram as mais cantadas pelo público, esta última inclusive fechou o show com a galera cantando em uníssono. Já “Dedicated“, “Idols And Anchors” e “Karma” foram as responsáveis pelas maiores rodas do show.
O único ponto negativo é que, por ser um show rápido e intenso, o horário separado pelo festival para a banda headliner não foi aproveitado até o último, e o show que tinha espaço para rolar até 21:50 acabou pouco depois das 21:15.
Confira os setlists dos shows de destaque do Summer Breeze Brasil
Skid Row
- Slave to the Grind
- The Threat
- Big Guns
- 18 and Life
- Riot Act
- Piece of Me
- Livin’ on a Chain Gang
- Time Bomb
- Monkey Business
- In a Darkened Room
- The Gang’s All Here
- Youth Gone Wild
Stone Temple Pilots
- Wicked Garden
- Vasoline
- Big Bang Baby
- Down
- Meadow
- Silvergun Superman
- Still Remains
- Big Empty
- Plush
- Interstate Love Song
- Sin
- Crackerman
- Dead & Bloated
- Trippin’ on a Hole in a Paper Heart
- Piece of Pie
- Sex Type Thing
Blind Guardian
- Imaginations From the Other Side
- Welcome to Dying
- Nightfall
- Time Stands Still (At the Iron Hill)
- Time What Is Time
- Journey Through the Dark
- Black Chamber
- Theatre of Pain
- The Quest for Tanelorn
- Ashes to Ashes
- The Bard’s Song – In the Forest
- The Bard’s Song – The Hobbit
- The Piper’s Calling
- Somewhere Far Beyond
- Lord of the Rings
- Violent Shadows
- Majesty
- Valhalla
- Mirror Mirror
Kreator
- Hate Über Alles
- People of the Lie
- Awakening of the Gods
- Enemy of God
- Phobia
- Satan Is Real
- Hordes of Chaos (A Necrologue for the Elite)
- 666 – World Divided
- Flag of Hate
- Violent Revolution
- Pleasure to Kill
Avantasia
- Twisted Mind
- Reach Out for the Light (com Ralf Scheepers)
- The Wicked Rule the Night (com Ralf Scheepers)
- The Scarecrow (com Ronnie Atkins)
- Book of Shallows (com Ronnie Atkins; Adrienne Cowan faz guturais)
- The Story Ain’t Over (com Bob Catley)
- Dying For an Angel (com Eric Martin)
- Avantasia (com Eric Martin)
- Shelter from the Rain (com Ralf Scheepers, Herbie Langhans e Bob Catley)
- Farewell (com Adrienne Cowan)
- Lost in Space (com Chiara Tricarico)
- Sign of the Cross / The Seven Angels (todos)
Parkway Drive
- Glitch
- Prey
- Carrion
- The Void
- Soul Bleach
- Vice Grip
- Dedicated
- Sleepwalker
- Idols and Anchors
- Karma
- Shadow Boxing
- Darker Still
- Bottom Feeder
- Crushed
- Wild Eyes