A noite de sábado foi bem animada para quem esteve no Hangar 110 – e ainda teve fôlego para a after party na Fenda 315, promovida pela Sabot – e para nós do Musicult, que estivemos lá para acompanhar mais um show alucinante do Mukeka di Rato, que contou com abertura das bandas Punho de Mahin, Time Bomb Girls e Water Rats, lançando seu novo álbum Tetrix.
Quem abriu as atividades na casa foi a Punho de Mahin. A banda tocou para um público ainda tímido que chegava na casa, mas que com certeza não se decepcionou de ter chegado mais cedo para conhecer bandas novas.
O álbum de estreia da banda, Embate e Ancestralidade, é cheio de boas composições e foi apresentado com maestria pela Punho de Mahin, que conseguiu deixar um bom álbum ainda melhor ao vivo. Com as músicas “Racistas”, “Marighella” e “Protagonista” a Punho de Mahin trouxe o público para si e deixou o palco com muitos aplausos.
A próxima banda a se apresentar foi a Time Bomb Girls, que começou o show com a canção “Las tres destemidas” e chamou muita atenção não só pelo som e presença de palco, mas também porque a baterista Camila tocou o show inteiro de pé, algo não muito comum, e a vocalista e guitarrista Sayuri tocou gaita em uma das músicas.
O show da banda, com grande participação do público feminino, que cantou junto todos os sons, também foi marcado por muito amor, com diversas declarações de Sayuri para sua esposa e também com o anúncio da gravidez da baterista Camila antes da música “Quando eu crescer”, dedicada a sua filha que em breve poderá ver a mamãe no palco.
Por volta de 20h40, foi a vez do Water Rats subir no palco com o novo álbum Tetrix e dar seu recado sobre a importância do voto do público e também de virar votos indecisos antes do dia 30 de outubro.
Abrindo o show com “Forever Vacation”, do seu primeiro álbum Ugly by nature, a banda foi abrindo caminhos para apresentar as canções novas. “Burn the flag”, “Green snow” e “Watch your head” foram as que mais chamaram atenção no show, que ainda teve espaço para músicas dos álbuns “Hellway to high” e “Year 3000”.
Atentos aos pedidos do público, que há muito tempo não via o Water Rats nos palcos de São Paulo e estava muito animado na apresentação da banda, ainda houve tempo para uma mudança de setlist e a entrada de “Bomber” e fechar o show com “Dope”, avisando que quem quisesse ver mais, ainda tinha a oportunidade de acompanhar a banda no dia seguinte, no evento Hardcore contra o fascismo, que aconteceu no dia 23 no Largo da Batata, em Pinheiros.
As 21h45, o tão esperado Mukeka di Rato subiu ao palco do Hangar com casa cheia para tocar “Boiada Suicida”, música que nomeia o novo álbum, seguida de diversos sucessos da banda como “Minha escolhinha”, “Quer ir, vai” e “Maconha”.
O novo álbum, que é o primeiro registro da nova formação da banda, com Fernando nos vocais, ao vivo se torna ainda melhor, e a banda tem focado bastante nos shows em trazer as músicas atuais, então, tocou “Malditos Milicos”, “Humano Fracasso”, “Luzia” e a mais pedida, “Facada”, que, para deixar claro a mensagem da música, foi tocada três vezes e levou o público à loucura, com diversas rodas e stage dives.
Nessa hora da noite, os ventiladores do Hangar 110 já não davam mais conta do calor que plateia e banda promoviam. Fechando com “Tudo vai passar”, o Mukeka di Rato deixou seu recado e colocou o Hangar 110 abaixo.
Que bela noite de punk rock e hardcore nós vivemos, e desejamos vida longa a todas as bandas e ao hangar 110.