Todo ano, no mês do rock, a gente tem que lidar com os comentários de que o rock morreu ou que não se faz mais rock como antigamente, então, é sempre bom lembrar que o rock segue vivíssimo e que há bandas com 20 ou mais anos de carreira ainda na ativa lançando álbuns e influenciando bandas novas que também produzem materiais muito bons.
Duvida? Então, confira nossa lista com os melhores álbuns e EPs de rock lançados no primeiro semestre de 2022, reunindo bandas novas e clássicas, e comemore o mês do rock com mais rock!
Depois nos conte se o seu álbum favorito de rock de 2022 apareceu ou ficou de fora.
Os 15 melhores álbuns e EPs de rock do primeiro semestre de 2022
- Korn – Requiem
Provando que repetir fórmulas que já deram certo não precisa ser mais do mesmo, Korn retornou às origens no álbum Requiem, e iniciou o ano muito bem, inclusive, foi nossa primeira resenha aqui no Musicult.
- Bullet Bane – BLLT
Já repetir fórmulas foi justamente o que o Bullet Bane NÃO fez em BLLT, marcando uma nova fase da banda, misturando influências do synth pop e do emocore. Confira uma entrevista que fizemos com a banda e a resenha do show de lançamento que o Bullet Bane fez na Fabrique em São Paulo.
- Terno Rei – Gêmeos
Ampliando os horizontes, Gêmeos é o disco mais pop do Terno Rei e isso não é, de forma alguma, um demérito, muito pelo contrário, é possível imaginar qualquer uma das faixas do disco sendo responsável por levar o gênero de volta às rádios, com letras que falam de amor e relações modernas forma leve sem ser simplista.
- Alexisonfire – Otherness
Primeiro álbum em 13 anos, Otherness já era muito esperado pelo tempo entre seu lançamento e o antecessor e, depois, pelos singles já divulgados pela banda – “Sweet Dreams of Otherness”, tocada ao vivo nos shows da banda no Brasil só aumentou a ansiedade dos fãs –, mas além de cumprir, superou as expectativas, sem nenhum momento ruim (só a capa, convenhamos) e trazendo um Alexisonfire mais melódico.
- Tears for fears – The Tipping Point
E se falamos de discos muito esperados, impossível não falar do primeiro álbum do Tears for Fears em 18 anos, que parece se conectar diretamente com o primeiro disco deles, por ainda falar de angústias, frustrações e vícios, mas não mais como dois jovens que iniciam uma banda de pós-punk e sim como dois senhores de meia idade, que lidam melhor com os problemas e que mostram ainda saber, muito bem, como fazer música.
- menores atos – Lúmen
Lúmen é a prova de que menores atos foi a banda que mais soube canalizar os sentimentos que vieram com a angústia de viver em quarentena durante os últimos dois anos, seja com uma música que repete durante todo o tempo a descrição de uma casa, seja com outra sobre um casal dentro de um quarto. Lúmen tem apenas 4 músicas, mas não é, nem de longe, um EP leve.
- Meu Funeral – Tropicore Hardcal
Se há uma banda criativa e com potencial de fazer hits chiclete no rock hoje essa banda é a Meu Funeral. Com letras que falam de temas sérios de forma bem humorada, Tropicore Hardcal é uma delícia do título até a última faixa e mostra que a banda tem razão quando diz que é preciso ouvir mais ska pra ficar menos p***, dançar e ter leveza e força para lidar com os absurdos do cotidiano.
- Momma – Household Name
“Yeah I got what they want, I’m a real rockstar” cantam as meninas do Momma em uma das faixas de Household Name. E elas estão certas, pois há tempos que não se ouvia algo tão grunge e rock n’ roll quanto esse duo que nos leva a uma viagem de volta aos anos 90, mesmo que a banda tenha apenas 4 anos.
- Camp Cope – Running With The Hurricane
Ainda mais indie e flertando com o folk em letras que falam sobre frustrações e inseguranças sob uma perspectiva de enfrentamento e superação, o trio Camp Cope trouxe um álbum de hits melódicos e calmos como um furacão.
- Erasmo Carlos – O futuro pertence à… Jovem Guarda
Aos 80 anos, o “tremendão” lançou um “tremendo” disco. Perdoem o trocadilho, mas é real. Em 8 releituras de clássicos, Erasmo faz um disco modernizando o passado, daí o porquê do nome do disco unir futuro e o movimento que difundiu o rock no Brasil nos anos 70. Acertou demais.
- gorduratrans – zera
Com uma sonoridade mais completa e madura e novas temáticas que vão além das relações amorosas da juventude, zera é o terceiro álbum do gorduratrans, que aqui explora recursos eletrônicos, como synths e percussão (shakers, pandeirolas e congas) e entrega ao público a redescoberta da banda com a arte, em um disco conceitual.
- Ratos de Porão – Necropolítica
Revisitando sua trilogia crossover, Ratos de Porão é mais uma das bandas dessa lista que voltou às raízes para lançar um álbum em 2022. Um álbum que já nasceu clássico, traz a sonoridade rápida e pesada da banda e retoma, infelizmente, letras que retratam o caos gerado pelas crises política, econômica e sanitária.
- Wet leg – Wet leg
Não há nada mais gostoso do que música feita por mulheres cansadas e irônicas, e é isso que encontramos no álbum homônimo do Wet Leg, que explica o motivo da dupla ser a maior sensação do indie rock atual, misturando músicas divertidas sobre sexo com desabafos sobre a tediosa vida dos 20 e poucos anos.
- Placebo – Never Let Me Go
Mais um da lista de discos super esperados e que retomaram a melhor fase da banda. Soando como o Placebo pelo qual nos apaixonamos em Meds, a voz característica de Brian Molko e as melodias bem pensadas e as letras profundas sobre perdas e recomeços fazem de Never Let Me Go um afago em tempos difíceis.
- Papa Roach – Ego Trip
Parece que alguém pediu para o Papa Roach um disco para os fãs de new metal e eles entregaram em Ego Trip, um de seus melhores discos da carreira, unindo o peso do rock com as experimentações do new metal que conhecemos, como hip hop e música eletrônica, empolgando da primeira à última faixa.
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Quer conhecer mais dos álbuns da lista? Dê play na nossa playlist no Spotify com as faixas favoritas de cada álbum: