Entre o moderno e o retrô, o indie, o grunge e a new wave, surge a sonoridade de Transit in the Ryes, quarteto porto-alegrense que prepara um novo EP para inaugurar sua próxima fase, na qual o atual e o nostálgico se fundem para dar vazão a composições sobre questões humanas.
Depois de abordar a falta de comunicação no single “Take Your Time”, a Transit in the Ryes mostra outros tons e sons da sua musicalidade em uma canção que reflete diferentes aspectos do luto, intitulada “The World’s not Talking”.
Embora a temática seja melancólica, a sonoridade de “The World’s Not Talking”, mais recente single da banda, é solar, mesclando referências modernas e nostálgicas, com inspirações que vão de clássicos da música estrangeira como Fleetwood Mac a sons mais brasileiros, como Rita Lee. A mistura dá o tom para aqueles que curtem o indie rock do início dos anos 2000, mas procuram por bandas novas.
“‘The World’s Not Talking’ é sobre um sentimento quase egocêntrico quando alguém passa por um processo de luto, qualquer que seja a origem desse luto. Como pode o resto do mundo continuar vivendo, como podem todos ao meu lado continuarem suas rotinas enquanto meu mundo acaba de desmoronar? A experiência de passar por uma dor imensa e observar outros ilesos pode ser alienante, e solitária também. Às vezes a vontade é de que o mundo todo pare, mesmo que por um instante, para falarmos sobre o que estamos passando, e que o mundo ouça e fale também. Mais agora do que nunca, sendo o luto tão presente no mundo, acho que tá tudo bem admitir esse sentimento”, resume o compositor, produtor, vocalista e guitarrista Henrik Karlholm, também responsável pela mixagem e masterização da faixa.
Além de Henrik, a Transit in the Ryes é formada por André Silveira (baixo), Santi Madeira (guitarra) e Thomas Gomes (bateria).
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