Na última sexta-feira, a Netflix liberou os dois últimos episódios da 4ª temporada e até caiu de tantos acessos do público para assistir à série.
Quebrando seus próprios recordes, Stranger Things trouxe, nos dois episódios, a quase definitiva batalha de todo o elenco principal contra o mal que assombra a cidade de Hawkins. Enquanto Hopper e Joyce lutavam na Rússia, Stevie, Nancy, Robin, Max, Lucas, Dustin, Erica e Eddie entravam no mundo invertido e, não muito longe dali, Mike, Eleven, Jonathan, Will e o novo personagem Argyle, interpretado por Eduardo Franco, também lutavam para derrotar o vilão Vecna.
A história de Vecna foi o ponto mais importante dessa temporada. Amarrando as pontas da história do laboratório de Hawkins, deixando claro quem eram os vilões e as vítimas da história, 01/Henry Creel/Vecna, interpretado por Jamie Campbell Bower (cuja carreira musical você pode conhecer aqui), já entrou pra história dos grandes vilões das séries e, aparentemente, ainda não foi embora, afinal, Stranger Things não se encerrou nesta quarta temporada e ainda vamos esperar um bom tempo para a próxima estrear na plataforma.
É só quando isso acontecer que vamos entender a ligação de Will com o mundo invertido, já que no final do último episódio, ao retornar para Hawkins, Will volta a sentir as forças sobrenaturais agindo ao seu redor e a cidade é imediatamente tomada por uma chuva de cinzas que destrói a vegetação. Algumas teorias criadas na internet dizem que Vecna irá se aproveitar da fragilidade de Will, que parece estar descobrindo sua sexualidade agora, para se fortalecer e fortalecer o mundo invertido.
Mas, deixando as dúvidas que a 5ª temporada deve nos responder de lado e voltando à Stranger Things 4, é fácil afirmar que essa temporada foi a melhor até agora, não só em termos de efeitos visuais (deu pra ver que a Netflix investiu, viu?), mas em termos de roteiro e, claro, a trilha sonora, que a cada temporada fica melhor.
Inclusive, é graças à trilha sonora de Stranger Things que a geração Z conheceu Kate Bush, que virou trend no TikTok – e imagino que nem em seus sonhos mais malucos ela imaginaria isso um dia –, Metallica, Iron Maiden, Creedence Clearwater Revival, Kiss, Musical Youth, The Police, The Beach Boys, Journey e Talking Heads.
É preciso ressaltar que, para os fãs de música, ver uma cena em que uma música salva alguém de um vilão é bem emocionante, mas as emoções da quarta temporada vão bem além disso, reforçando a ideia de que a união é a única coisa capaz de derrotar o mal que tenta destruir a humanidade.
Mas nem toda emoção despertada pela série foi no bom sentido da palavra. Seguindo a tradição de criar personagens carismáticos e memoráveis e matá-los ao fim de uma temporada, o último episódio encerrou a participação do ator Joseph Quinn, no papel de Eddie Munson, um dos personagens mais legais que tivemos em toda a série e cujo legado (sim, eu falo como se tivesse perdido uma pessoa de verdade) ficará para sempre na foto imitando um demônio, na camiseta do Hellfire Club e no lendário solo de “Master of Puppets”, do Metallica, na cena mais marcante do episódio 9.
E ainda tivemos o trágico fim (ou não) de Max, que terminou a temporada hospitalizada.
O destino de Max, do triângulo amoroso entre Johnathan, Nancy e Stevie, o “satanic panic” (inspirado em um caso real) que tomou conta de Hawkins contra o Hellfire Club, a vida amorosa de Robin, o fim ou não de Vecna e a ligação de Will nessa história toda são alguns dos mistérios que a 5ª temporada ainda precisa resolver, mas a notícia de que haverá um salto temporal entre uma temporada e outra torna tudo ainda mais confuso pra nós, espectadores, que ainda vamos criar muitas teorias até a estreia da temporada final estrear.
E aí, quais são suas expectativas?