Misturando post-hardcore, math rock e influências da cultura popular brasileira, o quartento paulista REzA lançou o EP Coma em abril deste ano. E agora, com o videoclipe da faixa “Do Inferno ao Paraíso”, a banda segue em sua divulgação.
O videoclipe segue a estética preto e vermelho escuro da identidade visual de Coma e traz animações dinâmicas e impactantes ilustrando questões existenciais e espirituais.
O clipe “Do Inferno ao Paraíso” foi produzido por Breno Rohr e pode ser visto no player abaixo:
Quanto à música em si, “Do Inferno ao Paraíso” mostra a autenticidade da REzA ao misturar distorção e cultura de cordel. O vocalista, Bruno, inclusive, estudou o poeta e repentista brasileiro Patativa do Assaré na produção de Coma. A faixa ainda tem repentes cantados por Túlio Fernandes, e os gritos no final são de Arthur Amaral (da banda Um quarto).
O vocalista Bruno Schaper, autor da letra desta música, comenta sobre o conceito de embate espiritual no enredo do clipe, em que o personagem passa o tempo todo correndo dele mesmo: “Quando escrevi a letra, uma ideia era retratar a luta pela vida, trazendo o cordel como o ato, o momento em que a pessoa está brigando contra seus próprios medos, o momento exato do choque espiritual, o mal e o bem”, relata.
O lançamento do videoclipe, para a REzA, é ainda a síntese de toda a energia carregada na produção e lançamento do EP Coma: “Este é um dos grandes feitos da banda até o momento. Tudo que abordamos e depositamos nesse EP está resumidamente no clipe de ‘Do inferno ao Paraíso'”, aponta Bruno.
A banda REzA
Formada em 2017 na zona Oeste de São Paulo, a REzA tem como propósito causar reflexão por meio de suas letras, aliadas a um som tão complexo quanto sua poesia, influenciados por emo, post-hardcore e math rock.
O primeiro registro, um EP homônimo, foi lançado em 2017. O trabalho carrega referências de gêneros como hardcore e post-hardcore, somados a elementos da música regional, como o baião e o maracatu.
Foram lançados em seguida dois singles: “Ensaio para Morrer” (2018), rock com batida de atabaque característica do candomblé (ijexá) e “Carne misturada” (2019), um ska rock que conta com a participação de Paulo Albino, produtor da faixa.
O mais recente trabalho é o EP Coma, e a banda comenta sobre o que pretende divulgar com sua música: “A arte, como um todo, é o que nos faz expressar aquilo que temos de real dentro de nós. Em tempos como o que vivemos, a nossa arte tem o propósito de ser um recorte de situações diárias pelas quais passamos, de forma nua e crua. Assuntos como aceitação, veganismo, exploração, saúde mental, estão presentes em nossos temas”.