
Capa de "Caminhos Selvagens", álbum de Catto
Os 20 melhores álbuns, EPs e singles de maio de 2025 estão aqui! Aqueles lançamentos que ganharam meu coração neste mês você encontra aqui nessa lista de favoritos.
>>Confira também os melhores de abril de 2025
Melhores lançamentos musicais de maio
Álbuns e EPs de maio de 2025
– Álbuns
CATTO – Caminhos selvagens
CATTO retomou os trabalhos autorais depois de 7 anos e do disco em homenagem a Gal Costa. Em Caminhos Selvagens, um disco de rock, a artista explora temas como dor, liberdade e cura em melodias que trazem arranjos orquestrais e guitarras pesadas. Um disco intenso, em todos os sentidos. Destaques: “EU TE AMO” e “PARA YURI TODOS OS MEUS BEIJOS”.
Dois Barcos – Nada Mal (EP)
A Dois Barcos é uma das bandas mais diferentes que conheci no último ano. O som passa entre o midwest emo e a psicodelia, que se destacou no último EP. Ao vivo, a experiência é ainda melhor, mas se você ainda não teve a oportunidade de ver o trio no palco, dê play em “Nada Mal”. Destaques: “Teatro da Madrugada” e “Ensaio”.

BAAPZ – Embalo Sísmico
Quando o som do BAAPZ chegou até mim pela Groover, uma das coisas que me chamou a atenção foi Pedro, fundador do projeto, dizer que era um som para fãs de Strokes. A voz grave de Pedro em meio às melodias do disco me lembraram mesmo algumas fases dos Strokes, mas BAAPZ não é um projeto que tenta emular alguma banda indie dos anos 2000, sendo algo muito original e com boas influências de música brasileira, com um pezinho no lo-fi e na psicodelia. As letras de “Embalo Sísmico” vão de fenômenos naturais a questões emocionais e é um álbum divertido e emotivo na medida certa. Destaques: “Vórtices” e “Granizo”.

Damiano David – FUNNY little FEARS
Damiano David fez sua estreia solo e desagradou aos fãs mais fervorosos de Mäneskin, por fugir totalmente do glam punk rock em suas músicas. Mas, apesar de dividir opiniões entre os fãs, o álbum é um pop suave que se encaixou muito bem na voz grave de Damiano. Destaques: “Voices” e “Angel”.

Irmãs de Pau – Gambiarra Chic Pt. 2
A dupla Irmãs de Pau, formada por Isma Almeida e Vita Pereira, consolida sua proposta de misturar funk com rap, drill, dancehall e outras sonoridades periféricas a partir de uma perspectiva feminina e empoderada em Gambiarra Chic pt. 2, que conta com participações de Duquesa, Ebony, Ventura Profana, Tasha Kayala e Polemik, em letras que refletem as conquistas e dificuldades da vida, subvertendo a visão tradicional do funk de ostentação e prazer masculino. Destaques: “Queimando Ice” e “Posturadas”.

Kali Uchis – Sincerely
Não é o melhor álbum de Kali Uchis se compararmos com Isolation e Sin Miedo, mas Sincerely é, como o nome diz, o seu disco mais sincero. Nele, Uchis reflete sobre amor, maternidade, cura e autoconhecimento em sobre baladas soul, breakbeats e melodias etéreas. Destaques: “Heaven is a home…” e “ILYSMIH” (uma declaração apaixonada de uma mãe para um filho, trazendo até a risada do bebê durante a música. Fofa!!!).

Garbage – Let all that we imagine be the light
Se existe uma banda que está sempre atenta não só aos temas que precisamos falar, mas também às sonoridades atuais essa banda é Garbage. Inclusive, aqui nesse vídeo eu explico melhor. Em seu oitavo álbum de estúdio, a banda fala sobra busca por esperança em meio ao caos contemporâneo com os elementos que consagraram a banda: guitarras potentes, batidas marcantes, sintetizadores e a voz expressiva de Shirley Manson. Destaques: “There’s no future in optimism” e “Chinese Fire Horse”.

Joaquim – Varanda dos palpites
Um disco para pensar na vida e, ao mesmo tempo, pensar em como a música brasileira é rica. Lançado pelo Coala Records, o disco de estreia de Joaquim traz uma voz promissora na música brasileira contemporânea. Com produção dele próprio e de Marcus Preto, o álbum traz dez faixas construídas com banda ao vivo e sonoridade que mescla o intimismo do piano com arranjos ricos. O trabalho conta com participações de Rubel e Luiza Villa, além de uma homenagem a Angela RoRo com uma versão de “Fogueira”. Destaques: “Emboscada” e “Plenamente Acordado”.

Miley Cyrus – Something Beautiful
Em seu 9º álbum, Miley decidiu ousar um pouco mais do que em seu antecessor, dono do hit “Flowers”. Em Something Beautiful ela mescla sua declarada paixão pelo pop oitentista com um pop mais sujo à la Lady Gaga. E isso não é de uma faixa para outra, pode acontecer em uma única faixa, como a faixa-título que tem um final muito mais intenso do que seu início e que distoa de “End of the world”. Apesar das discrepâncias, é um bom disco pop e a voz de Miley é sempre uma delícia de ouvir. Destaques: “Easy Lover” e “Every girl you’ve ever loved”, que tem participação de Naomi Campbell.

– Singles
Polly Noise and the Cracks
Flertando com o post punk, o shoegaze e o dream pop, Polly Noise and the Cracks é um trio de São Bernardo do Campo que transforma seus shows em experiências distópicas. Formada por Fernanda Gamarano, Priscilla Fernandes e Ian Veiga, a banda rejeita rótulos e aposta em performances impactantes, com máscaras negras e visuais que misturam brinquedos quebrados e elementos pós-humanos, criticando a superficialidade da imagem e propondo uma imersão sensorial e provocadora no palco. E se você quiser ouvir antes de vê-los ao vivo, dê play em Kiss U, um dos melhores singles de maio de 2025.
City Mall – City Tour
Depois de aparecer na lista dos melhores videoclipes de abril, a City Mall lançou mais um vídeo, dessa vez com o novo single, “City Tour” e dentro do projeto PATTERNS, do selo Sound Department em parceria com a Cavaca Records. O single é a já conhecida mistura de lo-fi e influências do City Pop japonês que a banda sabe fazer muito bem e a letra nasceu de um passeio dos integrantes pela cidade de São Paulo, o que também deu origem ao vídeo (que está lindo, diga-se de passagem).
Phantasme – Atemporal
A gente já apresentou a Phantasme, nova banda do cenário alternativo, que é, na verdade, um super grupo, formado por nomes já conhecidos pelas bandas Granada, Vowe, NX Zero e Glória. Em maio, a banda lançou seu segundo single, “Atemporal”, que mistura a energia do punk rock com riffs marcantes, mudanças de compasso e forte presença rítmica da bateria. A letra, inspirada no documentário Roadrunner sobre Anthony Bourdain, traz reflexões sobre legado e identidade, com um refrão influenciado pela filosofia do chef: “Se vejo além do sol, a vida pode ser atemporal”.
Pablo Vermell – Falar é fácil demais
Com influências de soft rock e dream pop e de Clairo a Wings, Pablo Vermell lançou o segundo single do álbum Futuro Presente. A faixa, com violões de Lucas Gonçalves (Maglore), reflete sobre a diferença entre palavras vazias e ações concretas. Produzida por Daniel Cataldi, a canção reforça a mensagem de resistência e autoconfiança diante das adversidades em uma sonoridade setentista.

Undo – Porcos não olham pro céu
A banda Undo, formada por André Frateschi, Rafael Mimi, Johnny Monster, Dudinha e Rafael Garga, traz no single Porcos Não Olham pro Céu, uma crítica contundente ao autoritarismo e às ilusões sociais contemporâneas. Com sonoridade pós-punk intensa e letras afiadas, a faixa denuncia retrocessos políticos e desigualdades, ecoando influências como IDLES e Fontaines DC e sendo uma ótima pedida para os fãs nostálgicos de Legião Urbana.

manny moura – Object of Desire
Depois de “Enough”, manny moura lançou Object of Desire, seu single mais vulnerável (até agora). A faixa explora a dor da rejeição e a sensação de invisibilidade afetiva, conectando traumas antigos às inseguranças do presente. Com letra em inglês, a música questiona padrões de valor e beleza, abordando o sentimento de não ser escolhida — sempre próxima, mas nunca desejada. Musicalmente, mistura folk com produção pop influenciada por Olivia Rodrigo e Taylor Swift.
Kapadócio – Arapuca
A Kapadócio, banda independente de São Paulo, formada por Lug Zeraik, Mau Delafran, Arley e Gudino Miranda, estreou em maio com o single Arapuca, do futuro álbum Leves / Loucos, que irá reunir 12 faixas misturando ritmos brasileiros e indie rock, e disso tudo dá pra ter um gostinho com o single já lançado – o começo é quase um forrózinho, depois vem uma sonoridade mais alternativa e o refrão é daqueles que a gente se pega cantando sem nem perceber.
Os melhores singles internacionais de maio de 2025 ficam por conta de Wet Leg; Rihanna, que com uma “simples” música para a trilha sonora de Smurfs, mostrou porque faz tanta falta no cenário pop; o encontro dos gigantes do hip hop coreano, Tablo e RM; e o pop chiclete que não sai mais da minha cabeça: Gnarly, do grupo pop KATSEYE.
Ouça as melhores faixas dos álbuns citados e todos os singles que amamos em maio na nossa playlist de favoritos de 2025