A Orquestra Laboratório Bastet acaba de lançar mais um original e desafiador álbum de música instrumental. Com forte atuação no bairro paulistano do Bixiga (antigo reduto da cultura negra na capital, antes de ser ocupado pelos imigrantes italianos), o grupo de investigação, improvisação e composição, criado pelo baterista e produtor Sérgio Machado Plim (que já trabalhou com Racionais MCs, João Donato, Raul de Souza, Milton Nascimento, entre outros) com um grande elenco de outros renomados instrumentistas do Brasil, chega agora ao segundo registro, intitulado Orquestra Laboratório Bastet 2.
O disco foi composto e gravado em Piracicaba (SP), no moderno LAB Sound, referência em estúdios no interior paulista.
Orquestra Laboratório Bastet 2 está nas plataformas de streaming e disponível para download gratuito por meio da Locomotiva Records e foi viabilizado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
A Orquestra Laboratório Bastet volta com um registro de 9 faixas repleto de improvisos e texturas. São músicas ricas em detalhes, em que cada instrumento apresenta o timbre ideal, em sintonia com toda a composição.
A Orquestra é formada por músicos e produtores, músicos de diferentes vertentes da improvisação, assim como atuação em distintas produções. Formam o grupo Sergio Machado Plim (bateria), Vanessa Ferreira (contrabaixo), Lello Bezerra (guitarra), Everton Santos (samplers), Thomas Souza (saxofone) e Richard Fermino (clarone, flauta e trombone).
E foi no LAB Sound, com gravação, mixagem e masterização do engenheiro de som Max Matta, onde os músicos da Orquestra Laboratório Bastet fizeram todo o trabalho de processamento de música em tempo real que se escuta no álbum. Em estúdio, os músicos criaram e gravaram os efeitos e texturas, tanto da parte eletroacústica como das partes de samplers.
A audição remete a algo desenvolvido em uma pós-produção, com efeitos e recheado de camadas. Como revela Plim, o álbum tomou vida no Lab Sound, no momento em que começaram a tocar. “O LAB Sound foi o local onde surgiram diversas ideias e composições”, destaca.
Como contextualiza Sérgio, a sonoridade deste segundo disco da Orquestra Laboratório Bastet é diferente da improvisação de um estilo como o jazz, por exemplo. “Nosso trabalho é de buscar ideias e registrá-las, consolidá-las num processo em tempo real no estúdio. Quando tomamos uma forma, estruturamos na hora os arranjos”. A única regra, aponta Plim, é ser espontâneo para compor.
“Nossa música tem uma energia de estar junto e não necessariamente de mãos dadas o tempo inteiro. Tem uma órbita, mas nada impede – e acontece – de, às vezes, ocuparem um mesmo espaço, e sem querer ajustar. Aqui é um lugar de muita improvisação e de um jeito muito peculiar, único da Laboratório”, finaliza Plim.