
O ano de 2004 foi um marco para o cinema biográfico com o longa-metragem “Cazuza: o tempo não para”. Mais de 20 anos depois, o artista, um dos grandes ícones do rock nacional, volta aos cinemas, mas com cenas inéditas de sua vida, estreladas por ele mesmo no documentário Cazuza – Boas Novas.
O amigo e produtor Nilo Romero, que foi um dos nomes mais importantes da época para a cena musical, dirigiu o documentário, reunindo depoimentos de amigos e familiares, além de vídeos e fotografias de acervos pessoais, entre os quais muitos trechos nunca haviam sido divulgados.
O título faz menção à canção “Boas novas”, do álbum Ideologia (1988), e o filme retrata a intensidade de Cazuza entre os anos de 1987 e 1989. Neste período, o cantor e compositor viveu o auge de sua juventude e sucesso, ao passo que também descobriu ter contraído o vírus do HIV.
Cazuza era apaixonado pela vida e sua condição não o impediu de realizar mais de 40 apresentações do show “O tempo não para”. Inclusive, neste recorte temporal, a produção de Cazuza foi marcada pelos álbuns “Só se for a dois” (1987), “Ideologia” (1988), “O tempo não para” (1988) e “Burguesia” (1989). No último disco dessa lista, Cazuza chegou a gravar deitado, com febre, devido à doença.
Além de Nilo Romero, nomes como Ney Matogrosso, George Israel, Léo Jaime, Frejat, Gilberto Gil, Flora Gil e a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, deram depoimentos comentando como foi a vida ao lado dele. Cenas do casamento de George, por exemplo, foram divulgadas e é possível ver rostos conhecidos de artistas que viveram seu auge contemporaneamente ao cantor de Bete Balanço.
A produtora 5e60 Filmes assinou o documentário e a distribuidora ficou por conta da Kajá Filmes e da Curta Cine, distribuidora do canal Curta!. Sua estreia está prevista para 16 de julho nos cinemas nacionais, mas o doc já fez sua pré-estreia no Festival du Cinéma Brésilien de Paris e também no Festival In-Edit 2025.
>>Saiba mais sobre o documentário e as sessões disponíveis durante o In-Edit aqui