Redação Musicult 
Beat (Divulgação)
Formada por Adrian Belew (guitarrista e vocalista) e Tony Levin (baixista), antigos membros da lendária banda King Crimson, o Beat também conta com o incrível guitarrista Steve Vai, e o baterista da banda Tool, Danny Carey.
Com apoio do membro fundador do King Crimson, Robert Fripp, a banda fez mais de 60 shows só em 2024, e este será o primeiro no Brasil, em uma produção da Mercury Concerts.
O Beat tocará músicas dos três discos dos anos 80 do Crimson, sendo eles: Discipline, de 1981; Beat, de 1982; e Three of a Perfect Pair, de 1984.
Adrian Belew, e o seu jeito único de tocar guitarra
O influente músico americano e um dos membros mais marcantes da história do King Crimson, Adrian Belew carrega consigo um modo nada convencional de tocar.
Conhecido por seu método impressionista de criar sonoridades que lembram os sons emitidos por animais ou até mesmo por maquinários, Belew também colaborou com outros grandes nomes do rock mundial, como: Frank Zappa, Nine Inch Nails, David Bowie, Cyndi Lauper e Talking Heads, além de ter uma discografia solo bem vasta, com mais de 20 discos.
A ótima fase do King Crimson dos anos 80
Após a banda ser desfeita em meados de 1974, o Crimson voltou nos anos 80 com uma nova formação e transpirando novas influências em suas composições. Liderados pelo genial e fundador Robert Fripp, a banda contava com Adrian Belew, Tony Levin e Bill Bruford.
O primeiro disco, lançado em 1981, foi o Discipline, produzido por Rhett Davies, alcançando o top 41 no Reino Unido e 45 nos Estados Unidos. O disco trouxe sonoridades bem diferentes do que a banda já havia experimentado até então, incorporando em seu som características de new wave, minimalismo e até mesmo percussões de música africana.
Outra característica que marcou este disco foi a duração das canções, por serem ligeiramente mais curtas em relação ao que o Crimson já tinha lançado. Destaco as incríveis faixas: “Matte Kudasai”, “Frame by Frame” e “Elephant talk”, de fato uma sonoridade única, até mesmo para a discografia da própria banda.
Mantendo a mesma formação do disco anterior, que para o King Crimson era algo inédito, foi lançado em 1982 o álbum Beat, primeiro disco com a menor participação de Robert Fripp na mixagem, entregando ainda mais funções para Adrian Belew.
O disco, que carregava temas como angústias, existências e a vida na estrada, atingiu a posição top 39 no Reino Unido, e top 57 nos Estados Unidos. Deixo o destaque para as faixas: “Neal and Jack and me”, que abre o disco, “Heartbeat”, que foi um dos principais singles, atingindo a posição 57 de rock mainstream da Billboard, e “Waiting man”.
O terceiro disco, que fecha o ótimo trio de lançamentos do Crimson nos anos 80, foi o álbum Three of a perfect pair, de 1984, que gerou mais dificuldades para a banda, tanto no quesito composição, quanto na lida diária entre os membros, gerando um estresse que refletiu até mesmo no conteúdo final das músicas.
O disco foi dividido em duas partes, lado esquerdo e lado direito, tendo o lado esquerdo composições mais pop e o lado direito composições mais experimentais e industriais. Este disco alcançou a posição 30 no Reino Unido e 58 nos Estados Unidos, tendo como singles a música que leva o nome do álbum, “Three of a Perfect Pair” e “Sleepless”. Também destaco a segunda e ótima faixa, “Model man”.
O show do Beat em São Paulo
Os ingressos para o show do Beat estão sendo vendidos pela Eventim, e os valores vão de R$ 275 (pista premium/meia entrada) a R$ 700 (camarote/inteira). O evento será realizado no Espaço Unimed (R. Tagipuru, 795 – Barra Funda, São Paulo)
Quem assina: Thiago Alves Dias, redator do Musicult.
