A banda Capote, de Santos, que a gente avisou no começo do ano que era uma das 10 bandas pra ficar de olho, lançou recentemente seu EP autointitulado, consolidando-se como uma das grandes promessas do rock alternativo brasileiro. Formada por Pedro Cosme (vocal), João Pedro Oreggia (guitarra e vocais), Johnny Freitas (guitarra e vocais), Cassiano Guedes Carduz (baixo e vocais) e João Pedro “Truck” Gonçalves (bateria), a banda traz influências marcantes dos anos 1990 e 2000, refletindo em suas composições temas como desilusões amorosas, desafios pessoais e questões políticas.
O EP, lançado pelo selo Turtle’s Audio, conta com cinco faixas autorais que exploram a fusão entre emo, shoegaze, e rock alternativo, com uma sonoridade melancólica e nostálgica que ainda soa fresca e contemporânea.
A conexão com Santos
Mais do que uma banda santista, a Capote incorpora a essência da cidade em suas letras e sonoridade. O nome da banda é inspirado na gíria “capotar”, que simboliza resiliência – a ideia de cair, mas sempre se levantar. Essa filosofia permeia todo o EP, reforçando a identidade do grupo como uma força autêntica e inovadora no cenário musical.
Além disso, a relação da banda com a lendária Charlie Brown Jr. solidifica ainda mais sua conexão com a cidade. O guitarrista João Pedro Oreggia guarda uma das primeiras letras escritas por Chorão, demonstrando o impacto duradouro do Charlie Brown Jr. na cena musical de Santos.
O capote
O EP Capote é uma estreia impactante, que posiciona a banda como um dos nomes mais promissores do rock alternativo brasileiro. Suas letras emocionais, a fusão de gêneros e o poder de suas apresentações ao vivo tornam a Capote um grupo essencial para quem busca autenticidade e inovação na música nacional.
Se você ainda não ouviu, o EP está disponível nas principais plataformas de streaming. A banda Capote merece um lugar na sua playlist e no radar dos fãs de música alternativa.
Faixa a faixa
- Essência
Abrindo o EP, “Essência” traz uma abordagem nostálgica sobre infância e identidade, com uma sonoridade que mistura o peso do rock alternativo com a suavidade etérea do shoegaze. É um início melódico e introspectiva que deixa uma marca duradoura. - Propaganda
“Propaganda” é a faixa mais politizada do EP, abordando a influência da mídia e a manipulação da informação. Com uma base instrumental sólida e letras afiadas, é uma música que convida à reflexão, sem perder a intensidade sonora. - Céu Aberto
Escolhida como single, esta música tem uma melodia envolvente e letras que flertam com as incertezas das relações. A construção da faixa equilibra delicadeza e força, mostrando a habilidade da banda em criar composições acessíveis sem perder profundidade. - Eu, Pesadelo
A quarta faixa traz uma pegada mais pesada e introspectiva, explorando o medo da estagnação e os desafios de recomeçar. As guitarras distorcidas e os vocais intensos criam uma atmosfera densa e carregada de emoção. - Joelho Ralado
Finalizando o EP, “Joelho Ralado” aborda desilusões amorosas com uma combinação de letras introspectivas e riffs cativantes, remetendo ao espírito emotivo do emo dos anos 1990. É um destaque gigante, com vocais emocionais que capturam o ouvinte.