Em nossa terceira lista do Musicult Recomenda, trazemos 5 cantoras. Cinco vozes femininas com sonoridades diversificadas. Do synthpop à MPB, do indie rock ao folk.
>>Confira aqui o Musicult Recomenda #2
Dê play na playlist do Musicult Recomenda, ouça as vozes femininas cantando e confira a seguir um pouco mais sobre cada uma dessas cantoras.
5 vozes femininas pra você ouvir
LYYA
Depois de divulgar o single “Voltada para o Novo”, a cantora e compositora paulistana LYYA divulgou o EP de mesmo nome, que explora novos ares de sua música, com batidas de synth-pop e um pouco de nostalgia.
Sua sonoridade dialoga diretamente com o revivalismo oitentista, hoje tendência no mundo da música pop, combinada à psicodelia típica de artistas da esfera indie como Tame Impala e Cage The Elephant, e o EP é uma boa pedida para fãs de Tuyo e outros nomes do indie pop suave.
LOTZSE
Pregar a esperança e a confiança de que dias melhores estão por vir é o enredo que embala “o trajeto é a minha obra”, segundo single do álbum de estreia da cantora e compositora paulistana Lotzse. A canção apresenta a pluralidade sonora presente no disco, que será lançado em novembro, trazendo uma mistura de música alternativa com uma pitadinha de samba.
Lotzse trabalhou por alguns anos em galerias de arte contemporânea, sem imaginar a possibilidade de intersecção desses dois universos e o quanto essas conexões poderiam expandir sua visão de mundo. Com o tempo, ao ser apresentada a outras mídias e fontes de inspiração, a cantora e compositora percebeu o quanto essa trajetória foi essencial para a construção de seu próprio universo artístico. “Inicialmente, eu via esse trabalho apenas como uma forma de viabilizar o sonho de gravar meu primeiro álbum. Mas ao entrar em contato profundo com as obras de tantos artistas, percebi como esses meus dois universos, no final das contas, eram um só. E, para minha surpresa, encontrei nessa trajetória fontes de inspiração que não imaginava antes”, afirma Lotzse.
LIA KAPP
Para as fãs de Evanescence e outras bandas com vozes femininas líricas, a compositora curitibana Lia Kapp é indicada. Além do vozeirão, a cantora não tem medo de tocar em temas polêmicos, como o tema de seu último lançamento, o single “Black Mamba”, que foi acompanhado de um videoclipe, que reflete sobre e denuncia situações de abuso.
“O videoclipe conta com uma cena forte relativa à vingança e, por esse motivo, é considerado explícito, mas foi o caminho que eu e a equipe escolhemos justamente para trazer atenção à pauta do abuso sexual e violência contra as mulheres. Ao final do videoclipe, disponibilizamos o número para denúncia, e em breve faremos ações com grupos de acolhimento a vítimas, porque o tema é muito urgente e tem um peso grande para mim” diz a artista.
Dentre as ações previstas, está a oficina de canto para mulheres e pessoas não binárias, com o objetivo de amplificar suas vozes, ministrada pela própria compositora, que também é professora de canto. A oficina terá datas divulgadas em breve nos canais oficiais da artista.
PRIS
Nascida e criada em São Paulo, Pris começou a escrever suas músicas a partir de suas experiências pessoais para ajudá-la a lidar e compreender seus próprios sentimentos e pensamentos, quando eles se tornavam muito densos. Com o violão sempre em mãos, o que era uma forma de autoconhecimento tornou-se uma paixão que resultou em letras fortes e honestas, que geralmente focam em trazer uma mensagem positiva sobre a vida e tirar o melhor proveito dos desafios e dificuldades.
Sendo uma criança dos anos 90, sua musicalidade foi influenciada por uma miríade de referências e gêneros que a acompanharam ao longo da vida. Em seu novo momento de carreira, a artista apropria-se de elementos de diferentes estilos como Rap-Jazz, Indie, MPB e rock, em uma mistura difícil de se colocar em uma só caixa, mas que resulta em uma identidade singular no som de Pris.
GEOVANNA FLEUR
A curitibana Geovanna Fleur lançou seu segundo EP, Tears of Everything em junho deste ano e quando fez o anúncio desse lançamento, declarou: “espero que estejam prontos para chorar!”
A cantora teve seu início postando vídeos no YouTube e cantando em bares de sua cidade natal, mas o que marcou seu debut foi o lançamento do EP All the Memories em 2020. Com uma voz suave e o acompanhamento de seu ukulele, o projeto refletia a adolescência da artista no auge da mesma, já que ela tinha apenas 16 anos quando o disco foi lançado. Depois de uma série de singles e três shows esgotados, a compositora, agora com 20 anos, sentiu que estava pronta para mostrar ao público seu amadurecimento musical no último projeto, que conta com 6 faixas, em uma pegada indie-pop, letras honestas e a voz marcante da cantora.