Samuel Rosa e os caminhos que o levaram ao seu primeiro álbum solo, “Rosa”

Na última sexta-feira, o Portal Musicult participou da coletiva de imprensa sobre Rosa, primeiro álbum solo lançado pelo artista Samuel Rosa. Samuel é ex-membro da Skank, banda da qual fez parte por 30 anos, até 2023, quando ocorreram os últimos shows do grupo. Apesar do grande carinho que sente pelo projeto e pelos membros da banda, em 2019 Samuel sentiu que era o momento de seguir novos rumos.

O artista falou sobre como é interessante e motivador explorar novas possibilidades, ser dono de si e tentar novas coisas e vê-las funcionando de outro jeito, um “gostinho de namoro novo”. Ele enfatiza que o álbum Rosa não é um rompimento com o Skank, mas sim uma oportunidade de experimentar coisas novas musicalmente e de reinventar, viver novas experiências para dar um refresh na carreira. Seu foco é “fazer música boa”.

Em relação ao repertório dos shows, ele afirmou que será uma combinação das músicas novas e músicas do Skank, com direito a “brincadeiras” como o cover de “Tarde Vazia” da banda Ira!; “Lourinha Bombril”, parceria entre Skank e Paralamas do Sucesso e “Não Vou Ficar”, parceria do artista com Ivete Sangalo.

O álbum Rosa

O título do álbum é autorreferencial, como uma autoafirmação. O processo de composição do álbum Rosa foi intenso, o resultado de um regime disciplinado de composição diária que resultou nas 10 faixas do álbum. Samuel contou com a ajuda de uma banda coesa e entrosada, que dividiu com ele o processo de transformar suas novas composições em novas músicas.

Em uma era de lançamentos frenéticos, o artista ressaltou que o álbum foi feito à moda antiga, nos seus próprios moldes: com banda, ensaios, pré-produção e idas ao estúdio.

Rosa, como disse Samuel, é um álbum cercado por cuidados com uma inquietação nos arranjos. É um álbum preserva o padrão de elegância e qualidade que o Skank imprimiu na sua obra. As faixas do projeto misturam bossa nova, indie rock pop e folk, com influências de Erasmo Carlos, Clube da Esquina e Last Shadow Puppets.

“Segue o Jogo” é o primeiro single; “Não Tenha Dó” é uma bossinha sobre separação; “Bela Amiga” e “Aquela Hora” são duas músicas indie rock abrasileiradas; e “Tudo Agora” é um reggae soul.

Como o artista contou ao Portal Musicult na coletiva, uma das inspirações foi o Last Shadow Puppets, sobretudo o primeiro álbum da banda “uma trilha de música dos anos 60, um ar sessentista”. Inclusive, Owen Pallets, que fez as cordas para o Last Shadow Puppets fez as cordas para três canções de Rosa.

Samuel lembrou ainda que Alex Turner tem influências brasileiras no seu som, tendo inclusive citado a canção “Aos Barões” de Lô Borges, parceiro de Samuel na música, como inspiração para o álbum Tranquility Base Hotel and Cassino.

A capa do álbum foi produzida por Stephan Doitschinoff, após escutar o álbum. A parceria nasceu de um desejo antigo de Samuel de trabalhar com ele. A tipografia da capa traz diversas referências às músicas que estão no repertório.

O álbum já está disponível. Escute na sua plataforma de streaming favorita!