A relação entre mães e filhos no cinema pode ser complexa, variando entre momentos emocionantes e momentos mais conflituosos, mas também mostrando muito companheirismo. E hoje, em homenagem ao Dia das Mães, o Musicult selecionou 5 filmes incríveis, disponíveis no streaming, que celebram essa conexão intensa entre mães e filhos.
5 filmes sobre mães e filhos
Crescendo Juntas
Margaret (Abby Ryder Fortson), uma garota de 12 anos, está em busca de respostas em meio à sua família complicada, dividida entre duas religiões. Enquanto enfrenta as complexidades da adolescência, ela se vê confrontada com questões sobre o papel de Deus no mundo e em sua própria vida.
A religião é um tema central do filme, que também destaca a relação entre mãe e filha, especialmente devido à decisão da mãe de criar Margaret sem uma religião específica, desafiando as expectativas da família.
Rachel McAdams interpreta essa mãe, trazendo uma sensibilidade única em seu primeiro papel como mãe no cinema. Sua personagem é compreensiva e amorosa, recusando-se a deixar que os outros determinem a religião de sua filha. O filme acaba narrando não apenas o amadurecimento de Margaret, mas o de sua mãe.
Disponível em: Max.
A Filha Perdida
Na literatura, poucos conseguem desenvolver conflitos maternos como Elena Ferrante. A renomada escritora italiana teve uma de suas obras adaptadas às telas, com a vencedora do Oscar Olivia Colman interpretando a personagem Leda. De forma corajosa e sincera, a trama mostra duas facetas da maternidade, quando Leda (Olivia Colman) sai de férias para uma ilha grega, deixando suas filhas já crescidas com o pai, do qual é divorciada. Lá, ela encontra Nina (Dakota Johnson), uma jovem mãe tentando conciliar as expectativas da filha pequena, da família e de um marido desagradável, enquanto luta contra a vontade de fugir de tudo e se entregar à atração que sente por um salva-vidas.
Por meio de devaneios e flashbacks, somos apresentados à protagonista Leda em sua versão mais jovem, que largou a sua carreira para apoiar o sucesso acadêmico do marido, assumindo integralmente os cuidados das filhas. Também vemos o momento em que, dominada por sua impulsividade, decide deixar para trás essa vida monótona em busca de seus próprios desejos e realização profissional.
Leda é uma personagem complexa, seus conflitos internos são revelados em cada cena. Ela ama suas filhas, mas sente a necessidade de se distanciar delas naquele momento, e o ponto alto do filme é a ausência de julgamentos sobre questões consideradas conflituosas em nossa sociedade. São pensamentos e ações que poderiam pertencer a qualquer mulher e mãe.
Disponível em: Netflix.
Lady Bird
A dinâmica entre mãe e filha pode ser problemática, marcada por muito desentendimento, principalmente durante o período da adolescência, e quando se tem aversão pela cidade natal. Em Lady Bird, passada na cidade de Sacramento, acompanhamos os muitos dilemas de Bird, uma adolescente interpretada por Saoirse Ronan. Um dos pontos mais marcantes do filme são os embates entre Bird, também conhecida como Christine McPherson, e sua mãe Marion, interpretada por Laurie Metcalf. De maneira sincera, a diretora Greta Gerwig (Barbie) mostra uma relação cheia de conflitos, mas também de amor, na qual a filha frequentemente se sente incompreendida pela mãe, que propõe uma criação mais fria e pé no chão.
Os embates entre mãe e filha são tão compreensíveis quanto difíceis de não se identificar. Baseado na vida da própria diretora, o filme traz memórias de nossa própria adolescência e as complexidades que enfrentamos na transição para a vida adulta.
Disponível em: Netflix.
Tudo Sobre a Minha Mãe
O diretor Pedro Almodóvar é conhecido por sua habilidade em retratar o universo feminino, sendo difícil selecionar apenas um de seus muitos filmes que expressam mulheres determinadas ou mães dispostas a tudo por seus filhos. Em Tudo Sobre a Minha Mãe, acompanhamos a jornada de Manuela (Cecilia Roth) após a morte de seu filho, Esteban (Eloy Azorín).
Profundamente triste pela perda, Manuela parte em uma jornada em busca do pai de seu filho, agora uma mulher trans e, nesse caminho, encontra a cativante personagem Agrado (Antonia San Juan) e a freira Irmã Rosa (Penélope Cruz), que descobriu ser HIV+ ao mesmo tempo que percebeu estar grávida. Com essas três personagens centrais, o filme mostra como o luto muda as pessoas, enquanto Manuela redescobre a si mesma.
Disponível em: Amazon Prime Video.
Que Horas Ela Volta?
Regina Casé brilha neste filme que mostra a dinâmica entre famílias de classe média alta e suas empregadas domésticas, tratadas como parte da família, desde que permaneçam em uma posição de inferioridade – uma realidade existente em nosso país dentro de bairros nobres.
Um dos pontos principais do longa é a discussão sobre como se pode ser mãe quando não se foi presente na criação da própria filha. Além disso, o filme aborda um ponto ainda mais intenso desta relação: a necessidade de deixar a filha para trabalhar na casa de outros e garantir seu sustento. Aspectos da desigualdade social, tratados de forma sensível e realista pela diretora paulistana Anna Muylaert.
Val (Regina Casé), muitas vezes, parece demonstrar mais afeto por Fabinho (Michel Joelsas), o filho de sua patroa, do que por Jéssica (Camila Márdila), a protagonista, e também acaba implicando com a personalidade da filha, o que cria uma situação complexa entre as duas, que precisam recuperar o tempo perdido e aprender a conviver uma com a outra.
Disponível em: Netflix.
Gostaram? Desejamos um maravilhoso Dia das Mães e que você escolha um desses filmes sobre a relação entre mães e filhos para aproveitar um momento cinéfilo com a sua mamãe, claro, acompanhado de uma boa pipoca.