Hoje, 21 de dezembro de 2023, o filme Aquaman: o Reino Perdido estreia nos cinemas brasileiros.
O novo filme do protagonista Arthur Curry (Jason Momoa), mais conhecido como Aquaman, se passa algum tempo depois dos eventos do primeiro filme. Arthur agora tem novas responsabilidades como Rei de Atlântida e pai de um filho com Mera (Amber Heard), com quem se casou.
Entretanto, sua tranquilidade é interrompida pelos planos de Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), que, unido a uma força maligna ancestral, busca vingança. Para derrotar o novo mal, evitar uma catástrofe mundial e salvar sua família, Arthur recorre aos seus aliados, incluindo uma aliança improvável com seu irmão Orm (Patrick Wilson), ex-rei de Atlântida.
Aquaman 2 – O Reino Perdido é dirigido por James Wan e representa o fim do antigo Universo DC (DCU) nos cinemas. O último filme antes da vinda da era “DC do James Gunn” junta-se a outros títulos recentes esquecíveis e um tanto genéricos como Adão Negro e Shazam 2.
Aquaman 2 – O Reino Perdido ainda difere dos casos citados por ser divertido e leve, principalmente devido aos carismáticos atores Jason Momoa e Patrick Wilson, que sustentam bem a essência bem-humorada da narrativa e trazem uma dinâmica interessante para os irmãos Arthur e Orm.
Os efeitos especiais também contribuem para uma ambientação realista de Atlântida e do mundo marítimo, ou seja, facilitam a imersão do espectador. Outro ponto positivo que merece destaque é o foco do filme na importância de combater as mudanças climáticas. Certamente, é relevante que uma superprodução hollywoodiana trate do assunto com sua devida importância.
Ainda assim, o filme tem uma série de pontos problemáticos. O principal deles é a criação de arcos genéricos com elementos já vistos de forma exatamente igual em outros filmes de herói e ficção científica: a dinâmica de irmãos semelhante à de Thor e Loki em Thor 2: Mundo Sombrio (o próprio filme brinca com isso); o vilão principal à la Sauron em O Senhor dos Anéis; criaturas marítimas e bares clandestinos de Atlântida inspirados pelos filmes de Star Wars, incluindo um clone de Jaba the Hutt e um desfecho que lembra muito as cenas finais de Pantera Negra.
Outras questões que podem ser mencionadas são: desenvolvimento raso de personagens secundários como Mera, Tom (Temuera Morrison) e Atlanna (Nicole Kidman); cenas cortadas que impactaram na versão final do filme e a ausência de um vilão principal com fortes motivações.
Assim, Aquaman: o Reino Perdido é uma aventura divertida e bem-humorada, mas que não se aprofunda além disso, apresentando um enredo inconsistente que abraça uma série de clichês. Que venha a nova era da DC Comic!