
Emmily Barreto e Theo van der Loo em entrevista para o Musicult - crédito: Fla Carvalho
A banda brasileira Ego Kill Talent passou por grandes mudanças nos últimos meses, como a entrada da nova vocalista Emmily Barreto e o lançamento do EP Call Us By Her Name, produzido e mixado pelo produtor norte-americano Steve Evetts. O novo EP é o primeiro com vocais de Emmily, que também faz parte da banda Far From Alaska.
Recentemente, a banda se apresentou com shows de abertura para o Evanescence e, desde então, as buscas pelo Ego Kill Talent aumentaram, muita gente gostou do show deles e passou a acompanhar a banda, isso sem contar os fãs que já existiam. Esta não foi a primeira vez que o EKT se apresentou com uma banda grande: eles já excursionaram com Metallica, Foo Fighters, Queens of the Stone Age, System of a Down, Greta Van Fleet, Shinedown e Within Temptation, tocaram em grandes festivais, como Rock Am Ring, Rock Im Park, Hellfest, Rock In Rio Lisboa, Rock In Rio Brasil, Download Paris, Lollapalooza Brasil, Lollapalooza Chile, Aftershock, Louder Than Life e muitos outros.
É diante desses acontecimentos mais recentes que conversamos com a vocalista Emmily Barreto e o guitarrista e fundador do EKT Theo van der Loo.
Como foi tocar com o Evanescence?
“O nosso produtor de estrada (tour manager), Carl, falou uma coisa que eu achei muito legal […] ele disse ‘eu acho que essa turnê com o Evanescence foi a coisa mais legal que a banda já viveu como banda’ porque por mais que foi muito incrível pra mim o Metallica, eu toco guitarra com o James Hetfield e foi muito surreal, só que a vibe dessa turnê do Evanescence foi uma coisa que eu acho que nem só pela banda, Evanescence ou Metallica, mas a gente. A gente tava num lugar muito leve, muito feliz, muito solto, então foi uma experiência incrível“, conta Theo.
“A gente foi abraçado pelo público do Evanescence de uma forma que a gente não esperava; A gente sabia que ia ser legal, mas foi além do imaginável […] eu não sei explicar o quanto de mensagem a gente recebe diariamente da galera, até hoje […] a relação que a gente criou com o próprio Evanescence, com a Amy Lee, enfim, palavras e conversas que a gente trocou, não tem como explicar“, complementou Emmily.
Ao serem questionados sobre como foi o convite, Emmily e Theo contaram “A gente já tinha decidido que a gente ia lançar essas músicas e aí o Evanescence fechou esses shows aqui e o produtor local já sabia, a gente já tinha anunciado a Emmily na banda. Na verdade foi até uma visão do produtor mesmo.“, contou Theo, “E eles gostaram da história da banda ‘é uma menina que acabou de entrar na banda, era um cara antes e tal’, eu acho que foi isso que ganhou a Amy“, complementou Emmily.
Como vocês (EKT) souberam que tinha que ser a Emmily, como chegaram a esse convite?
“Foi o primeiro nome que veio“, disparou Theo. “Porque como a gente já tinha feito muito show juntos, já tinha composto juntos, a gente já sabia da capacidade dela, da potência, da energia dela no palco, da vibe dela como pessoa. A gente já sabia disso tudo, né, então foi uma coisa meio assim ‘no brainer’, assim, não tem nem o que pensar“, completa.
Sobre a entrada da Emmily na banda: “É interessante porque são músicas que a gente não faria sem ela e que ela não faria sem a gente. Então essa sensação é muito legal. Dá a sensação de que a gente tem fertilidade criativa pra vida inteira e que a combinação dessas peças é muito rica, a gente está bem feliz“, contou Theo.

Como é foi o processo criativo para compor as músicas do EP?
“A gente ainda tá no processo criativo porque assim, a gente começou por essas quatro músicas que a gente já lançou, que a gente escreveu no ano passado, só que a gente tá compondo sem parar…” começou a contar Theo, “E tem muita música pra lançar, ave maria“, completou Emmily.
“A gente não tem uma fórmula, um caminho por onde vai […] pode vir a ideia inicial de qualquer um de nós, pode começar com uma guitarra, com uma letra, pode começar com o bumbo da bateria, com a melodia de voz, pode começar com um tema… então a sensação que dá é que não tem fim […] a sensação que eu tenho é que eu cheguei numa possibilidade criativa que eu nunca tinha tido. Eu tô curioso pelo que a gente ainda vai fazer“, descreveu Theo.
Ao ser questionada sobre como fica para manter as duas bandas (EKT e Far From Alaska), Emmily responde “Fica tranquilo, fica de boa, o Far está numa fase em que a gente tem um material pronto para lançar em breve, desde o ano passado a gente vem lançando alguns epzinhos […] a gente não tem pretensão nenhuma de acabar, independente se eu vou ano que vem pros EUA com o EKT, o Far vai continuar, eu vou voltar pro Brasil. Não vai acabar, não se preocupem, algumas pessoas estão preocupadas“.
Ao lado de qual outra banda o EKT gostaria de tocar em uma turnê?
“Paramore“, disparou Emmily quase que imediatamente, “Na verdade eu não sei se eu vou conseguir porque é provável que eu entre no palco e desmaie por saber que a Hayley tá ali há alguns metros… mas enfim, pra mim é o Paramore“
E se vocês pudessem escolher um artista ou banda pra fazer uma parceria e escrever um som juntos, quem seria?
“Se eu pudesse escolher um nome hoje, eu escolheria a Billie Eilish. Eu acho ela muito foda e acho fora da caixa“, disse Theo. “De realização, de ver que ia estar chorando no dia de ver ela cantando com a gente, seria a Alanis, com certeza“, contribuiu Emmily.
Gostou do papo? Então aproveita para ficar de olho na agenda do Ego Kill Talent porque dia 13 de dezembro vai rolar o primeiro show solo e completo da banda com a Emmily nos vocais. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site do Sympla e custam a partir de R$ 100,00 o 2º lote.
Serviço
Ego Kill Talent
Data: 13 de dezembro (quarta-feira)
Horário: A partir das 18h
Classificação: +18
Local: City Lights Music Hall – Rua Padre Garcia Velho, 61 – Pinheiros, São Paulo, SP