Nem mesmo um grande festival acontecendo há alguns quilômetros dali e as outras milhares de opções que uma noite de sábado em São Paulo pode oferecer foram capazes de afastar o público do Vibra São Paulo no último dia 4 de novembro. Afinal, quem faria show na casa era Sandy, que encerrava ali seus shows na cidade em 2023 e fazia a penúltima apresentação da turnê atual (a cantora ainda se apresenta em Campinas dia 16/12 – ingressos aqui).
Às 21h, horário marcado para o show, a casa já se encontrava lotada – shows esgotados não é nenhuma novidade na vida de Sandy, diga-se de passagem -, e com alguns minutos de atraso, Sandy entrou no palco inaugurando o setlist com “Sim”, música que dá título ao seu segundo álbum.
Usando um vestido leve e brilhante, no estilo bonequinha, pelo qual é conhecida, Sandy parecia flutuar no palco, sem fazer força para cantar, mostrando que tem um dom natural para o que faz.
Só depois de emendar mais duas músicas na sequência é que Sandy interagiu com a plateia agradecendo aos fãs, inclusive citando a infinidade de opções para se fazer em um sábado à noite e o quanto saber que eles todos estavam ali a deixavam feliz.
A cantora, então, aproveitou para se aprofundar e falar sobre o conceito da turnê, dizendo que ali naquele show ela convidava os fãs a passarem um dia com ela, acompanhando o nascer do sol, o cair da tarde e o anoitecer.
“Eu convido vocês a lembrar que o tempo está passando e que é importante a gente saber reconhecer o nosso próprio universo e expandir. E nesse show, eu fiz isso. Eu quis ser feliz, eu quis ser leve, eu quis me divertir com músicas que fizeram parte da minha história, mais velha, mais eu e junto com vocês”. – disse Sandy.
E depois desse discurso emocionante, Sandy levou muitos olhinhos às lágrimas ao transformar “Lugar ao Sol”, do Charlie Brown Jr. em uma música mais melódica e que destacou ainda mais sua voz e a letra profunda da canção.
Uma vez, li uma entrevista do Criolo na qual ele contou que um dos sonhos de Sabotage era cantar com a Sandy, porque ele achava que ela tinha voz de anjo. E quem a viu cantar “Lugar ao Sol” sabe que Sabotage estava certo.
Sandy discursou mais uma vez antes de “Pés Descalços”, seu primeiro single solo, ressaltando o medo que sentiu na época e o quanto o carinho dos fãs nunca a deixou sozinha.
Não é à toa que a cantora é aplaudida até quando erra, como aconteceu ao iniciar antes do tempo a música “Morada”. Enquanto ria da situação, o público gritava “Sandy eu te amo”, grito que foi ouvido mais de uma vez ao longo da noite.
Após “Morada”, Sandy saiu do palco, voltou, apresentou sua banda e chamou um convidado especial para o palco e, enquanto ria um pouco nervosa, avisou para o público não criar polêmicas, afinal teriam que se acostumar a vê-la cantar ao lado de Lucas Lima.
Juntos, Lucas e Sandy cantaram “Areia” e “Me Espera”, mostrando que o casamento pode ter acabado, mas a união na música é eterna… e bota eterna nisso, afinal, após as músicas, os dois juntos se divertiram ao perceber que de todo o setlist apenas 3 músicas não eram compostas em dupla – e uma delas era “Lugar ao Sol”, porque segundo Lucas, em tom de brincadeira, Chorão não quis dar os créditos pra eles.
Madura – para lidar com a fama, as pressões e com o fim do casamento -, consciente e leve, Sandy terminou o primeiro ato do show dando um presente aos nostálgicos com “Nada vai me sufocar”, dos tempos de dupla com Junior.
E para o bis, uma versão a capella de “Não dá pra não pensar” e um encerramento com “Aquela dos 30”, afinal, Sandy agora aos 40 canta para muitos que como eu, cresceram ouvindo sua voz e hoje se identificam com o refrão “jovem pra ser velha, e velha pra ser jovem”.
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