Poucas bandas no mundo têm o poder nostálgico que o Evanescence exerce sob os Brasileiros. No auge dos anos 2000, a MTV era assistida por milhares de brasileiros, majoritariamente jovens, que acompanhavam os videoclipes das bandas que estavam mais em alta no momento, e o Evanescence era uma delas. Com uma estética que mistura metal e gótico, a banda conquistou os jovens com uma vocalista de beleza delicada e vozeirão potente: Amy Lee, um dos nomes mais conhecidos do metal alternativo.
A paixão que o público brasileiro tem pela banda norte-americana pôde, inclusive, ser notada na demanda por ingressos nos shows de BH (que precisou de data extra) e em São Paulo, que precisou mudar de local e ir para o Allianz Parque, que tem maior capacidade de público. O resultado disso foi um marco histórico para a banda, que fez em São Paulo o seu maior show solo (isto é: fora de festivais) em toda a carreira. Foram quase 40 mil pessoas assistindo à performance da banda e cantando junto todos os hits.
O encontro de nostalgia e novidade
Era pouco depois das 21h, depois de um show de abertura arrebatador da banda Ego Kill Talent, que havia se apresentado com a nova vocalista da banda, Emmily Barreto. O público do Allianz Parque já estava envolvido e quente, pronto para o início do show principal da noite: Evanescence.
As luzes se apagam e “Killing In The Name” do Rage Against the Machine começa a tocar, em seguida, a intro tocada na turnê “Artifact/The Turn“. Amy Lee (vocais), Emma Anzai (baixo), Will Hunt (bateria), Tim McCord e Troy McLawhorn (ambos na guitarra) sobem ao palco para iniciar o show com “Broken Pieces Shine“, música do mais recente álbum The Bitter Truth (2021).
Em seguida, a banda tocou “What You Want” em vez de “Made of Stone“, ambas eram alternadas no set de cada show. Essa troca foi um pouco polêmica, muita gente torceu o nariz, mas ainda estava no início do show, tinha muita música pela frente. A próxima música é uma das mais queridas dos fãs, “Going Under“, do primeiro álbum de estúdio do Evanescence: Fallen (2003), que inclusive completou 20 anos no em março de 2023. E assim o setlist correu durante o show, entre hits e músicas mais recentes.
Além dos hits nostálgicos, o que abrilhantou a apresentação foi, também, o carisma de Amy, que cantou e tocou piano, além de sempre conversar com o público e agradecer a todos, confessando que no início de tudo ela nunca imaginou que chegaria até aqui.
Uma forma que a banda encontrou de colocar ainda mais músicas no setlist foi por meio de medleys, o primeiro deles juntou “Lose Control“, “Part of Me“, e “Never Go Back“; já o segundo medley foi ainda maior, com “Haunted“, “My Last Breath“, “Cloud Nine“, “Everybody’s Fool“, “Weight of the World” e “Whisper“.
Os medleys agradaram os fãs, mas foram os grandes hits que fizeram o estádio inteiro cantar junto como “Call Me When You’re Sober“, “Lithium“, “My Immortal“, com direito a um trechinho em português que dizia “amor é a sua luz / deixe brilhar / eu nunca vou deixar isso passar / não acabou / nunca acaba / você sabe“. Por fim, “Bring Me to Life” foi a encarregada de finalizar o show enquanto fogos de artifício eram lançados em volta do estádio.
Confira a setlist do show do Evanescence dia 21 de outubro em São Paulo
- Broken Pieces Shine
- What You Want
- Going Under
- Take Cover
- Lose Control / Part of Me / Never Go Back
- Call Me When You’re Sober
- Wasted on You
- Lithium
- Far From Heaven
- Imaginary
- Better Without You
- End of the Dream
- Haunted / My Last Breath / Cloud Nine / Everybody’s Fool / Weight of the World / Whisper
- Use My Voice
- Blind Belief
- My Immortal
- Bring Me to Life