Virar a noite em festas e shows não é mais a realidade de muitas pessoas 30+, mas o Rock Session deu um jeito de tirar todo mundo de casa para curtir uma noite inesquecível com muito rock e brasilidades. Tá, o horário não foi o maior atrativo do festival que aconteceu no último dia 6 no Vibra, em São Paulo, mas o lineup certamente deu conta de animar a galera até altas horas. Foram 5 bandas responsáveis por unir gerações e diferentes vertentes do rock: Day Limns, Braza, Raimundos, CBJR e Fresno.
Apesar de não ter uma localização de fácil acesso, o Vibra São Paulo tem se tornado cada vez mais uma casa de shows querida pelo público que busca uma experiência diferenciada por conta do formato do palco, que proporciona profundidade ao mesmo tempo que traz uma sensação de expansão e que, se bem aproveitado, pode fazer o show ficar mais imersivo com o telão em formato wide curvo.
Antes de cada artista e banda subir ao palco, entrevistas que aconteciam no backstage e eram lideradas pela apresentadora Titi Müller eram transmitidas ao vivo no telão do Vibra, para aproximar fãs e bandas e animar o público do festival.
Quem abriu a noite de shows foi a Day Limns, que se apresentou com a sua banda composta por Vitor Peracetta (Bateria), Johnny Bonafé (Baixo) e Giu Daga (Guitarra). Por ser o primeiro show de uma noite longa, a cantora se apresentou para um público relativamente pequeno, que chegava aos poucos à casa de shows. Mesmo sem lotar, o show de Day Limns foi potente e agradou os fãs que estavam presentes para apreciar a apresentação da cantora Goiana.
Confira algumas fotos do show de Day Limns no Rock Session em São Paulo:
A segunda banda da noite, Braza, já encontrou um Vibra um pouco mais lotado. Com muitas músicas que transitam entre gêneros e transmitem muita brasilidade, Danilo Cutrim (vocal e guitarra), Vitor Isensee (vocal e teclados), Nicolas Christ (bateria e backing vocal) e Pedro Lobo (baixo e backing vocal) subiram ao palco. O show contou, também, com a participação do rapper Morcego. O setlist foi bem variado e contou com músicas dos 4 álbuns de estúdio da banda, “Selecta”, “Segue o Baile” e “Fé no Afeto” levantaram o público presente – o que não é muito difícil se tratando da banda porque todos os shows costumam mesmo ser bem enérgicos.
Confira algumas fotos do Braza no Rock Session em São Paulo:
A terceira banda da noite, Raimundos, chegou com sua já conhecida mistura entre punk, rock e hardcore e muitos hits que marcaram gerações, principalmente nos anos 90 e 2000. Digão (vocal), Marquim (guitarra e vocal de apoio), Caio Cunha (bateria) e Jean Moura (baixo e vocal de apoio) subiram ao palco e encontraram um público bem animado e nostálgico.
Confira fotos da banda Raimundos no Rock Session em São Paulo:
Talvez o momento mais nostálgico da noite tenha sido o show do CBJR liderado por Marcão Britto e Thiago Castanho com a turnê de 30 anos desta que é uma das maiores bandas do Brasil em termos de importância e número de hits. As músicas do Charlie Brown Jr. foram trilha sonora de diversas novelas e histórias, além de terem alavancado o estilo skate rock nacional. A celebração, claro, não poupou homenagens a Chorão e Champignon que faleceram em março e setembro de 2013, respectivamente. Além de Marcão (guitarra e vocal de apoio) e Thiago (guitarra e vocal de apoio), a tour conta ainda com Egypcio (vocal), Bruno Graveto (bateria), André “PINGUIM” (bateria) e Denys Mascote (baixo).
Confira fotos de CBJR em celebração aos 30 anos de banda no Rock Session:
Para fechar o festival, a banda Fresno foi a encarregada de subir ao palco pouco depois das 2h da madrugada para manter o público animado. Tarefa difícil? Não para Lucas (vocal e guitarra), Vavo (guitarra e vocal de apoio) e Guerra (bateria), que subiram ao palco com um telão impactante e muitos gritos dos fãs e se apresentaram com o último show da atual turnê Vou Ter Que Me Virar – e que último show ein! Mesmo com um horário ingrato, a banda soube fazer dos limões uma bela limonada e emocionou os emos 30+ que estavam presentes. A setlist contou com grandes sucessos de fases diferentes da banda, que já se reinventou muitas vezes. Não tinha ninguém melhor para segurar o baque do cansaço do público e fazer um lindo encerramento do que a banda Fresno.