Forró da Lua Cheia: 4 dias de música, arte e natureza. Confira destaques da última edição

Quem compareceu desde a última quinta feira, 8 de junho, até o domingo, dia 11, no Hotel Fazenda Vale das Grutas, em Altinópolis, São Paulo, pôde entender porque o Festival Forró da Lua Cheia é um sucesso e celebra sua 31ª edição.

O festival é cuidadoso com o público, desde o espaço, que é maravilhoso, quanto no serviço que é entregue, não só levando grandes artistas para o palco, mas também com bares e restaurantes funcionando 24 horas, banho quente, filas bem pequenas se comparadas a outros festivais de mesma proporção e com preços razoavelmente acessíveis dentro do possível para um festival.

Como minha primeira experiência no festival em si, apesar de já ser uma pessoa experiente em eventos que incluem acampar no festival, posso dizer que o Forró da Lua Cheia é um dos eventos mais bem preparados que já fui, e recomendaria muito para você que quer se permitir ter a experiência de ficar alguns dias imerso em um ambiente de música, arte e cultura, com pouco acesso as redes sociais e muito contato direto com natureza e pessoas diferentes.

O festival contava com 6 palcos e música quase ininterrupta, com shows que começavam no fim da manhã e iam até a madrugada, com artistas de todos os ritmos, para agradar ao máximo todo o público presente.

Claro que dentre tantas atrações, algumas se destacaram. Confira a seguir quais foram os destaques do Forró da Lua Cheia.

Pé do cerrado

A primeira banda a se apresentar nos palcos principais do festival foi a Pé do Cerrado. O grupo de Brasília fez uma linda abertura do palco e durante seu repertório passou uma mensagem sobre a história do Brasil.

Cheios de bom humor e carisma, a banda entregou excelentes músicas, performances e arrancou muitos sorrisos do público com diversas piadas durante o seu setlist.

Lia de Itamaracá

Lia de itamaracá fez a abertura do segundo palco principal do evento, onde se apresentaram os artistas de maior renome nacional. A cantora, acompanhada de sua banda fez um show para emocionar cada um dos presentes no festival em sua primeira noite, com músicas como “Eu vi mamãe Oxum na cachoeira”, “Desde menina” e “Meu São Jorge”.

Natiruts

O Natiruts continua em belissima forma, mesmo após 27 anos de carreira. A banda, que também foi destaque no Mita dias antes, fez um show mesclando seus grandes sucessos que os fazem uma das maiores bandas de reggae do país, com seu mais recente álbum, “Good vibrations vol 1.” que viaja em sons com tons de jazz e lindos vocais.

Inclusive, a música que dá nome ao álbum foi uma das mais aplaudidas do show, junto com os clássicos “Natiruts reggae power”, “Deixa o menino jogar”, “Andei só”, entre outras.

Marina Sena

Marina Sena fechou as apresentações de um dos palcos principais na quinta-feira em grande estilo. Trazendo a estética da sua turnê de lançamento do álbum “Vício inerente”, que já tínhamos conferido na Audio, Marina apresentou um show com diversas coreografias e apostando em músicas “Lado B” do seu novo álbum, como “Sonho bom”, e “Pra ficar comigo”, e não só nos hits “Dano Sarrada”, “Olho no gato” e “Mande um sinal”.

No dia seguinte, pelo festival só se falava de Marina Sena, que em sua apresentação mostrou a quem nunca tinha visto um show da cantora o porquê ela é um fenomeno da música pop brasileira.

Para não deixar os fãs mais velhos da artista na mão, Marina ainda tocou “Me toca”, “Por supuesto”, “Temporal”, “Pelejei” e “Voltei pra mim”, do seu primeiro trabalho “De primeira”.

Luedji Luna

Luedji Luna abriu o palco principal na sexta-feira, segundo dia de festival, e deixou o público vidrado no palco durante toda sua apresentação. A cantora, que lançou recentemente “Bom mesmo é estar debaixo d’agua – Deluxe” contou com a companhia de 12 músicos no palco.

Luedji fez um show emocionante, mostrando ser uma artista perfeccionista tecnicamente, com tudo muito nítido e audível, ganhando destaque entre os melhores shows da sexta-feira no Forró da Lua Cheia.

Marina Peralta

Marina peralta subiu ao palco logo após Luedji e botou o publico do Forró da Lua Cheia pra dançar. Ao som de seu reggae energizante, Marina é uma artista muito versátil, que sabe conversar com o público e trazê-los pra dentro de seu espectáculo.

Black Alien

Black Alien ficou com a missão de abrir o palco para a noite de sábado do festival. Gustavo entrou no palco com 30 minutos de atraso, e parecia um pouco nervoso nas primeiras músicas, mas, após uma água e um bate papo para agradecer ao público, parece que as coisas voltaram ao eixo e o rapper apresentou muitas faixas do seu premiado álbum “Abaixo de zero: hello hell”, como “Take Ten”, “Que nem o meu cachorro”, “Au revoir”, entre outras, e, com um dos maiores públicos do festival, Black Alien deixou seu recado com um inesquecível show.

Ney Matogrosso

Após a cerimônia de “abertura” do Forró da Lua Cheia, que acontece no sábado antes do principal show da noite, Ney Matogrosso subiu ao palco para uma verdadeira multidão.

O sábado, sem dúvidas, foi o dia mais cheio de festival, e Ney Matogrosso nos presenteou com um show incrível.

A performance, simpatia e presença de palco de Ney comprovam os motivos que levam o cantor a ser um dos maiores ícones da música do nosso país.

Ney apresentou músicas de toda sua carreira, e os destaques do show ficaram por conta de “Eu quero é botar meu bloco na rua”, “Jardins da babilônia”, “Homem com H” e “Poema”.

Daniella Mercury

As atrações do palco principal (e a cobertura do Musicult) acabaram com o show de Daniella Mercury.

A consagrada cantora brasileira subiu ao palco e colocou o povo pra dançar. Naquele momento fazia muito frio nas montanhas de Altinópolis, e só com um show eletrizante como o de Daniella para esquentar o público.

Daniella entrou no palco performando com um vestido de cauda dourada enorme, e seus bailarinos juntos a ela davam movimento ao vestido, apresentando seu novo álbum “Baiana”.

Além do mais recente álbum, Daniella tocou hits como “maimbê dandá”, e um pout porrit com “Tempo perdido”, “Como nossos pais” e “Eu nasci há dez mil anos atrás”.

Apesar de muitas pessoas cansadas depois de tantos dias de festival, não teve ninguém parado durante as quase duas horas de show, e Daniella fez a pista de uma noite fria ferver em seu show.

E assim encerramos a cobertura do festival Forró da Lua Cheia. E que no ano que vem, o festival possa a vir celebrar novamente com tantas atrações importantes e dando espaço para novas bandas também.

Para não perder a próxima edição do festival, siga o Musicult e o Forró da Lua Cheia nas redes sociais. E confira aqui no site outras resenhas de show.