Festival GRLS: segunda edição consagra evento em São Paulo

Nos dias 04 e 05 de março, o Festival GRLS apresentou sua segunda edição, que contou com nomes de grandes cantoras nacionais e internacionais, e aconteceu no Centro Esportivo Tietê em São Paulo.

O espaço foi bastante propício para o tamanho do festival, facilitando a organização. A opção da pista premium tinha basicamente a mesma visão do palco em relação à pista normal, mas com exclusividade em ativações como a do Instagram, banheiros e zero filas para comprar.

Durante todo o fim de semana a previsão era de tempestades, entretanto, a chuva só apareceu mesmo na metade do último show do domingo. Nas demais apresentações, volta e meia garoava, mas foi possível ter o Sol em vários momentos, principalmente no segundo dia.

Confira como foi a segunda edição do Festival GRLS

1º dia homenageou mulheres e Chorão, do Charlie Brown Jr.

O sábado começou com a cantora baiana Rachel Reis, que entrou no palco ao meio-dia e cantou sucessos como Maresia e 20h. Natural de Feira de Santana, a artista abriu o festival com o astral lá em cima, mostrando o que toda menina baiana tem.

Em seguida, foi a vez da carioca Lexa entrar no palco. Ela relatou que foi direto do aeroporto para o GRLS e estava muito animada com o evento e sua proposta. Cantou sucessos da carreira, como Sapequinha, Provocar, Combatchy, Chama ela, Quebrar seu coração e Só depois do Carnaval.

Além de suas canções, cantou hits de seus amigos, como Atenção, de Luísa Sonza e Pedro Sampaio, Bonekinha, de Gloria Groove, e até Eva, penúltima faixa do seu setlist.

Às 14h35 foi a vez da atual Ministra da Cultura, Margareth Menezes, trazer seu Carnaval fora de época para o festival. Com clássicos como Faraó, Passe em casa, Toda menina baiana e Dandalunda, ela elevou a energia do público, intercalando discursos antirracismo, anti-homofobia e antimachismo.

A estadounidense com ascendência cubana e porto-riquenha Mariah Angeliq foi a primeira atração internacional do dia e trouxe seu reggaeton misturado com trap, levando o público ao delírio, principalmente ao cantar os sucessos Socadona e Anaconda, parcerias da cantora com as brasileiras Ludmilla e Luísa Sonza, respectivamente.

No final da tarde, a pernambucana Duda Beat entrou em cena, com um figurino babadeiro e um balé impecável. Entre as faixas que cantou, falou sobre a importância do festival e trouxe como convidada Teto Preto, que remixou a música Meu pisêro.

A noite seguiu com Jojo, cantora que fez muito sucesso em meados de 2005 aqui no Brasil com o hit Too little too late, faixa que encerrou seu setlist. A artista usou um figurino inspirado nas cores do Brasil e entregou tudo com seus vocais potentes, cantando, inclusive, um trecho da canção Envolver, da Anitta, que se tornou sucesso mundial.

Para fechar a noite, a princesa do pop brasileiro, Sandy, estreou sua carreira solo em festivais. Desde o Rock in Rio 2001 a cantora não se apresentava nesse tipo de evento. Apesar de optar por um estilo mais próximo da MPB e não tanto do pop, para o GRLS preparou um setlist especial.

Com cabelos longos e morenos, parecidos com a época em que cantava junto ao irmão, Sandy mostrou com sua voz o porquê de ser uma artista consagrada que já cantou ao lado de nomes como Andrea Bocelli. Da carreira com Junior, entraram apenas dois hits no setlist, A lenda e Quando você passa (turu turu), que são sempre os mais pedidos pelos fãs.

Sucessos da carreira solo como Sim, Aquela dos 30, Pés Cansados, Areia e Me espera foram cantados pela multidão. Entraram também no setlist as canções Lugar ao Sol, de Chorão, e All star, de Nando Reis, que rendeu, inclusive, uma fala homenageando Cássia Eller e toda a influência que a cantora teve na vida de Sandy.

Palco Heineken aumentou a diversão da segunda edição do festival Grls!

Entre as apresentações do palco principal, havia atrações no Palco Heineken. Nomes como Peroli, Dj Th4ys, Lily Scott e a apresentação de dança do Move Your Festival marcaram presença.

Vale ainda o destaque para Negra Li, o penúltimo show do sábado, que falou sobre empoderamento da mulher preta e, além de cantar sucessos, como Você vai estar na minha, ainda trouxe duas canções de Charlie Brown Jr., seu feat Não é sério e Zóio de lula.

As homenagens ao frontman do Charlie Brown Jr. em dois shows importantes do festival aconteceu porque em 2023 completam 10 anos de sua morte, uma perda irreperável para a música.

2º dia foi do pop punk ao samba e exaltou Rita Lee

O domingo começou com Day Limns, figura importante para o atual cenário do pop punk, que já fez parcerias com nomes como Di Ferrero e Vitão. A cantora foi finalista do The Voice Brasil, em 2017, e de lá pra cá vem conquistando cada vez mais espaço na cena. Seu setlist contou com sucessos como Clichê e Castelo de Areia e conseguiu substituir à altura a cantora estadounidense Gayle, que cancelou sua participação foi cotada para cantar inicialmente.

A tarde seguiu com Majur e um balé fenomenal, com cores e uma presença de palco sem igual. A coreografia contava histórias junto das palavras cantadas pela artista, que tem um timbre muito marcante tanto quanto as cantoras de Soul, R&B e black music.

Dentre as faixas cantadas, além dos seus sucessos autorais, Majur ainda cantou I feel good, de James Brown, e Crazy in Love, de Beyoncé, além de Tigresa, de Caetano Veloso, quem ela considera seu padrinho. O show foi emocionante e não havia como tirar os olhos da beleza, poder e presença da soteropolitana.

Dentre as atrações mais esperadas do domingo, Manu Gavassi entrou no palco com seu novo show, uma releitura de Fruto Proibido, da Rita Lee, que contou com grandes hits da rockeira. A banda de Gavassi contava apenas com mulheres e figurinos bastante descolados. Agora só falta você, Ovelha Negra e Lança Perfume ganharam as vozes de pessoas de todas as idades ali presentes.

Às 16h subiu aos palcos Blu De Tiger, cantora, baixista, DJ e produtora musical novaiorquina que surpreendeu o público com uma vibe super alto-astral. Além de suas canções, ainda cantou sucessos de Taylor Swift e Fergie, levando a galera à loucura.

Em seguida foi a vez da Marrom, Alcione, que trouxe grandes hits do samba, bem como canções de grupos como Exaltasamba, Art Popular e do cantor Belo. A Loba, Não deixe o samba morrer, Meu ébano e Você me vira a cabeça não poderiam ficar de fora desse setlist de peso.

O penúltimo show foi da dupla Anavitória, que fez a multidão cantar junto canções como Amarelo, azul e branco, Trevo e Dói sem tanto. A surpresa veio quando Manu Gavassi entrou no palco e juntas, as três fãs de Rita Lee, cantaram Amor e sexo.

Enquanto isso, no palco Heineken, passaram Transpira, Pathy DeJesus, Lan Lanh e Valentina Luz, garantindo que ninguém ficasse parado.

O evento encerrou no palco principal com a apresentação de Tinashe, uma das mais esperadas da edição, que levantou os fãs que não deixaram o local nem debaixo de chuva.

A cantora que mistura pop e r&b entregou com looks e vocais impecáveis, encerrando com sucesso a segunda edição do Festival GRLS, que já confirmou sua 3ª edição em 2024 e se consagra no calendário de grandes festivais de São Paulo.

A origem e o propósito do GRLS!

O propósito do festival vai muito além de apenas oferecer música e entretenimento. Trata-se de um projeto que visa ao empoderamento feminino, em todas as esferas que uma mulher possa atuar: arte, empreendedorismo, comunicação, administração etc.

Na feirinha do GRLS, foi possível acompanhar o trabalho de diferentes marcas, idealizadas por mulheres. Em estandes de parceiros, como do Instagram, a equipe foi composta em sua maior parte por mulheres.

A diretora de operações da Rede Mulher Empreendedora, Patrícia Correia, falou sobre como foi o contato da Ju Ferraz e da organização do Festival GRLS com a fundadora da rede, Ana Fontes. A ideia era expor as marcas, explicar mais sobre a rede e o Instituto Mulher Empreendedora, que apoia mulheres em situação de vulnerabilidade desde 2017.

A ideia da Rede Mulher Empreendedora é capacitar, preparar e dar suporte a mulheres, sejam elas empreendedoras ou não, e as meninas marcaram presença no festival!

Além da feirinha, também aconteceu o GRLS talks, com debates sobre empreendedorismo feminino e outros temas incríveis que você pode encontrar a partir das redes sociais do evento.