Quem acompanha a Balaclava Records há muito tempo já sabe o quanto o Selo/Produtora é especialista em trazer bandas emergentes que estão fazendo trabalhos fantásticos dentro e fora do Brasil, e no último domingo, 11 de dezembro, a Balaclava fez seu festival em comemoração aos 10 anos e provou mais uma vez que além da curadoria musical, também sabe fazer eventos com excelência.
O FESTIVAL
O Balaclava Fest, que aconteceu no Tokio Marine Hall, começou às 15h e, apesar de, no começo do evento, o público ter enfrentado pequenas filas para comprar fichas nos bares, a partir do primeiro show não houve mais filas.
O som de todas apresentações estava impecável, e a pontualidade das apresentações foi perfeita.
Havia espaço para merch das bandas, e no iníio do evento também aconteciam algumas ativações com a Converse, que distribuiu ecobags ao público que compareceu com tênis da marca, e a Jack Daniels que fez promoção de drinks nas primeiras horas de evento.
O local escolhido servia bons drinks, comidas e era muito espaçoso e confortável, possibilitando ao público ver shows sem apertos, e sem dificuldades, mesmo que de longe.
PLUMA
A Pluma foi a primeira banda a se apresentar, às 16h, e mesmo cedo, teve um grande público para ver a banda e a plateia estava empolgada. O show começou com “Mais do que eu sei falar”, e continuou com “Revisitar”, “Atrasado, Passado” e “Transbordar”.
A banda ainda teve tempo de receber Lou Alves, da Walfredo Em Busca Da Simbiose para a belíssima “Convenções humanas” e de apresentar possíveis canções do seu próximo trabalho, previsto para 2023. A canção “Não sei o que dizer” recebeu nota 10 do público quando a banda pediu nota para as inéditas que vinham sendo apresentadas.
Fechando com “Leve”, a Pluma aqueceu muito bem o público para os próximos shows do festival.
JENNIFER SOUZA
Ainda no palco Converse, a segunda artista a se apresentar foi Jennifer Souza. Nós já tínhamos acompanhado o show da artista no primeiro Balaclava Fest de 2022, que foi composto em grande parte por artistas do selo, e Jennifer foi uma das artistas que mais nos chamou atenção naquela passagem, e nessa, não foi diferente.
Apresentando os sucessos do seu mais recente trabalho, “Pacífica Pedra Branca”, Jennifer encantou os fãs e também quem ainda não a conhecia, com um show em que ela e sua banda trouxeram lindas canções e instrumentais muito bem trabalhados.
Assim como a Pluma, Jennifer também apresentou músicas que possivelmente vão compor seu próximo álbum, “Clara” e “Sensitive”.
CRUMB
A Crumb veio ao Brasil pela primeira vez, o que realmente era questão de tempo, pois nos últimos anos a banda ganhou bastante destaque no cenário indie/alternativo mundial. A turnê para apresentar seu novo álbum, “Ice Melt”, está rodando o mundo todo, e já com casa cheia, a banda fez um lindo show, apesar de alguns problemas técnicos no começo, mas que não comprometeram a experiência.
Aparentemente tímida, a banda não interagiu muito com o público, emendando uma música atrás da outra, o que possibilitou que o show de 1 hora tivesse quase todo o novo álbum e ainda algumas dos EPs “Crumb”, “Locket” e do álbum “Jinx” de 2019.
BRUNO BERLE
Bruno Berle foi o próximo artista a se apresentar, e fez o show mais diferente da noite, fugindo um pouco do indie rock, e abrindo os olhos do público para outras vertentes da música que também se encaixam muito bem nesse tipo de festival.
Bruno trouxe participações especiais para o seu set, como Bebé Salvago, e se destacou por canções como “Guardo em suas mãos”, “Dizer Adeus” e “Que tudo fique certo”, que fechou a apresentação.
ALVVAYS
A mais aguardada por grande parte do público presente, e uma das que causou mais alvoroço nas redes sociais ao ser anunciada no festival, a Alvvays era mais uma banda inédita no Brasil e que trazia álbum novo para o público.
A apresentação da banda mesclou grandes sucessos dos álbuns anteriores como “Archie, Marry Me”, “Dreams Tonite”, “Not My Baby”, e as novas, do álbum “Blue Rev” que foi extremamente bem recebido pelo público brasileiro que cantou alto os maiores hits do mais recente lançamento.
OMBU
A Ombu também esteve na primeira edição do Balaclava Fest em 2022, e, naquela época ainda preparava o seu já lançado álbum “Certas Idades”. Para quem conhece a banda desde os lançamentos anteriores, “Mulher” (2015) e “Pedro” (2016), fica nítido o quanto a banda evoluiu em musicalidade, influências, sonoridades e também nas apresentações ao vivo, que ganharam mais elementos, como teclados, flautas e slap steel, que deixaram o show da banda ainda melhor.
Como último artista nacional a se apresentar naquela noite, e responsáveis por fechar os trabalhos no palco Converse, a Ombu mostrou sua força no cenário e a capacidade de ter muito mais espaço nos grandes shows e festivais nos próximos anos.
FLEET FOXES
A Fleet Foxes (capa do post) fechou a noite com chave de ouro, e com muita alegria tanto por parte da plateia como da banda, que ao entrar no palco já anunciou que estavam muito felizes e honrados de estar no Brasil, tocando para um grande público como aquele presente.
Algo que não se pode negar da Fleet Foxes é a notável competência e qualidade da banda, que também trazia diversos elementos musicais ao palco, sons que remetem à natureza e trazem uma climatização do ambiente a quem está assistindo, um verdadeiro espetáculo sonoro e imersivo.
Ainda, Tim Bernardes fez uma participação pra lá de especial no show da banda, que encerrou sua participação na festa de 10 anos da Balaclava sob muitos aplausos da plateia.
E assim foi o Balaclava Fest, que já deixou saudade em todos nós e ansiosos pelos próximos aniversários do selo.
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