Tagua Tagua é o projeto solo do compositor gaúcho Felipe Puperi (ex-Wannabe Jalva) e, apesar da pandemia, teve um ano próspero em 2020 com o lançamento do álbum de estreia, Inteiro Metade (Natura Musical / Costa Futuro) e estampando diversas listas de melhores do ano, incluindo a da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA.
Na sequência, em 2021, realizou uma tour ibérica com shows em Portugal e Espanha e no início deste ano, esteve nos Estados Unidos, onde se apresentou no SXSW, neste período também rodou se apresentando por diversas cidades no Brasil.
Agora, em parceria com a Wonderwheel Recordings, gravadora norte-americana, ele anuncia para 2023 o lançamento do segundo disco, e o primeiro single já está disponível. Confira no player abaixo:
“É tanto que nem sei. Mais ou menos dois anos atrás tudo era bem diferente, não fazia ideia de que hoje seria assim. Tinha bastante silêncio e espaço entre as coisas – o espaço segue, mas o silêncio deu lugar a diferentes sonoridades – tinha mais verde, menos caos, mais vazio, solitude e, quem sabe, solidão. Lá, naquele tempo, eu comecei a gravar músicas sem parar, porque era o que me dava vontade de fazer mesmo sem saber pra onde isso me levaria (muito menos quando isso me levaria pra onde eu não sabia). Foram músicas de amor em sua maioria, sobre sentir-se encantado em sentir, sobre descobrir mil camadas escondidas há um bom tempo. Uma jornada, dois anos criando, maturando, mudando, trocando, fazendo e refazendo. Agora aqui estamos, no novo presente. O tempo correu”.
É assim que Felipe Puperi, produtor e compositor à frente do projeto, contextualiza a chegada de Tanto, disco que fala sobre o apaixonar, sobre estar apaixonado. E a faixa lançada hoje é a responsável por apresentar todo o conceito que guia a obra composta entre 2020 e 2022. “Essa música carrega a mensagem da coisa toda na letra, porque é basicamente sobre se apaixonar e como é se sentir assim”, comenta Felipe.
A capa é de João Lauro Fonte, que foi quem esteve por trás de toda a arte gráfica de Inteiro Metade. “Para este single, a ideia foi criar um universo minimalista e abstrato em cima da sensação de se apaixonar. É químico, uma sensação única, como ter uma droga no corpo”, diz Felipe.
Quanto à sonoridade, a faixa traz elementos do soul como um toque suave, com uma bateria mais solta, “uma vibe sonhadora”, observa o compositor.
“É uma canção para sentir a brisa, viajar no pôr do sol com as janelas abertas sentindo o vento deslizar no rosto. Gravei essa música em uma casa de madeira nas montanhas perto de São Paulo, em meados de 2021. Era eu, o baterista Leo Mattos e o multi-instrumentista JoJo tocando juntos ao vivo e gravando ideias. A música não tem muitos instrumentos, é basicamente baseada em bateria, guitarra, baixo e piano elétrico”, continua Felipe.