Um dia frio, um bom lugar para curtir um festival de Blues e Rock na capital Paulista. Foi assim que o domingo de muitos paulistanos terminou, com um showzão gratuito no Auditório do Ibirapuera – com artistas que se apresentaram pelo festival Samsung Best of Blues & Rock, que já trouxe diversas atrações nacionais e internacionais ao longo de suas edições e, agora, foi a vez de trazer Lan Lahn, Yohan Kisser e The Joe Perry Project, banda liderada por Joe Perry, guitarrista lendário e cofundador do Aerosmith. O festival reuniu mais de 47.000 pessoas juntando as edições de Porto Alegre e São Paulo!
O festival contou com uma estrutura bem organizada, com food trucks, várias barracas para comprar bebidas e banheiros espalhados por todo o festival, além de tendas de atendimento médico e ambulâncias para que o público pudesse curtir os shows à vontade e sem preocupações. Nem mesmo a queda da noite que trouxe um frio de gelar as orelhas pôde estragar a experiência.
Lan Lahn
A noite de shows começou com a apresentação da percussionista Lan Lahn, que levou uma mistura de ritmos que contava com afro-samba, música nordestina, manguebeat, flamenco entre outros. O show instrumental foi inédito e lançado exclusivamente no festival e teve o poder de levantar e aquecer o público no início de noite. A percussionista subiu ao palco acompanhada de sua banda formada por Guto Menezes (violão e baixo), Toni Costa (guitarra), Max Sette (trompete) e Bidu Cordeiro (trombone). Como participação especial, Lan Lahn chamou ao palco a também percussionista Silvanny Sivuca, que integra a banda do rapper Emicida e a banda fixa do programa “Caldeirão com Mion”, da Rede Globo.
Yohan Kisser
O compositor e multi-instrumentista, Yohan Kisser, que já havia se apresentado na edição anterior do festival ao lado do pai, Andreas Kisser, voltou ao festival e foi o segundo a se apresentar na noite de domingo. O músico, que recentemente teve uma grande perda na família, dedicou o show à mãe, Patrícia Kisser, que faleceu no início de julho. Com um show poderoso e plural, o jovem músico mostrou que há muitos outros estilos e gêneros que surgiram do blues, mas que não se resumem a ele. Em entrevista coletiva cedida horas antes do show no Ibirapuera, Yohan Kisser disse “Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti… Acho que esses caras têm público, têm reconhecimento mundialmente… Yamandu. Tem muita gente, tem muitos nichos e acho que tem espaço para todo mundo […] do blues nasceram muitas vertentes e acho que nosso show vai um pouco longe também, além do blues e do rock”
The Joe Perry Project
Para muitos que estavam ali no festival, era chegado o grande momento da noite, o de ver o lendário Joe Perry de pertinho com a sua banda The Joe Perry Project, que contou com a seguinte formação: Gary Cherone (Extreme) no vocal, Joe Perry (Aerosmith) vocal e guitarra, Chris Wyse (Hollywood Vampires) no baixo, Jason Sutter (Cher) na bateria e Buck Johnson (Aerosmith) nos teclados. O setlist do show trouxe covers de várias bandas e artistas como Led Zeppelin, Flatwood Mac, Memphis Slim, Rufus Thomas, músicas do próprio Joe Perry e, claro, como não poderia faltar, músicas do Aerosmith.
Joe Perry, em entrevista coletiva, brincou que era bom tocar novamente para um grande público, afinal ele havia passado a pandemia tocando apenas para o seu cachorro, que apesar de ser um bom ouvinte, às vezes dormia. Ainda sobre os shows no Brasil, Joe Perry comentou “Vir para cá para show especial e tocar na frente de tanta gente pela primeira vez, é de se pensar que depois de 50 anos eu estou acostumado, mas não, às vezes eu penso ‘o que eu estou fazendo aqui’ e quando eu vejo as pessoas levantando álbuns eu fico ‘UAU isso é real’, é um outro nível de excitação. Felizmente eu trouxe uma ótima banda comigo, mesmo com o anúncio tão em cima, e nós já tocamos juntos em diferentes momentos, mas essa é a primeira vez que a banda está junta, tivemos apenas quatro dias de ensaio e aqui estamos, eu tô animado. É uma aventura na verdade!”
Sobre as escolhas do setlist, Joe Perry disse “Nós temos um setlist com músicas instrumentais, músicas mais blues, mas conforme a gente vai tocando, a gente vai percebendo como o público responde a ele, e a gente vai ajeitando o set […] Não é simplesmente ‘vamos fazer essa e depois aquela’, é ver como o público reage e aí a gente vai mudando um pouco.”
Confira mais fotos do festival Samsung Best of Blues & Rock São Paulo
Sobre o festival
A plataforma Best of Blues and Rock foi criada com o ineditismo de conectar gêneros musicais como o Blues, Rock e Jazz a um conjunto de ações que envolve música, cultura, tecnologia, inovação, acessibilidade e educação. Já foram mais de 314 intervenções e shows realizados, 285 artistas, entre eles: Buddy Guy, George Benson, Tom Morello, Joss Stone, Chris Cornell, Jeff Beck, Richie Sambora e outros nomes. Com público de mais de 1,4 milhão de pessoas nos shows gratuitos, a Samsung tem o naming rights da plataforma desde 2014. Considerado o maior festival do gênero no país pela TV Cultura e o festival de Blues mais importante da América Latina pelo UOL, o Samsung Best of Blues and Rock provou ser uma potente ferramenta de marketing, um forte estímulo de promoção cultural, empregabilidade e apoio a artistas em ascensão.
Sobre o Instituto Dançar
As atividades do Instituto Dançar se iniciaram em 2003, a partir do anseio do grupo Dançar Marketing de atuar em prol dos interesses da comunidade. Inicialmente sob o nome de Dançar Comunidade, em 2008 a organização social passou a se chamar Instituto Dançar, atuando em compromisso com o desenvolvimento social, a democratização da cultura e a acessibilidade. Ao longo de sua trajetória, o Instituto Dançar promoveu mais de 400 eventos gratuitos, atendendo cerca de 500.000 mil crianças e adolescentes em iniciativas sociais, além do público geral, em diversos projetos concebidos sob medida para empresas como AstraZeneca, Droga Raia, Grupo Ultra, Nestlé, Samsung, Visa, entre outras. Enxergando as artes e o entretenimento como poderosas ferramentas de transformação da sociedade, o Instituto Dançar também passou a prestar consultorias e fazer a gestão de programações culturais para empresas interessadas em beneficiar as comunidades onde atuam. Seus principais clientes de consultoria socioculturais e políticas de patrocínios incluem marcas como Ambev, Deloitte, IBM, Libbs Farmacêutica, Roche, Vale e Volkswagen.