Entrevista por: Luisa Valero
Seria Bea Valero a última romântica? Em clima de dia dos namorados, o clipe do single “Não Vou Soltar” foi lançado no último dia 12 de junho.
Bea Valero iniciou em seu canal no YouTube fazendo covers, mas, recentemente deu início a projetos autorais. A cantora de 21 anos faz seu conteúdo sempre contando com diversas parcerias, seja com amigos produtores musicais ou gravando seus clipes por meio das oportunidades que as Fábricas de Cultura de São Paulo oferecem para jovens artistas independentes.
A mescla do Piano Erudito com a Música Pop
Bacharel em piano erudito, Bea traz com a sua voz não apenas simples canções de amor, mas toda a sua experiência adquirida ao tocar grandes obras da música clássica, influenciando suas produções que transformam as tradicionais “love songs” de uma forma inovadora.
Tornando suas vivências pessoais em material para os seus trabalhos, a cantora apresenta em seus trabalhos autorais memórias de um simples e puro primeiro amor, desilusões e momentos mágicos.
O clipe de “Não Vou Soltar” traduz visualmente a letra poética da música, que nos faz entrar em um verdadeiro filme romântico.
Assista ao videoclipe de “Não vou soltar” a seguir:
Conversamos com Bea para saber mais sobre sua carreira e seus últimos trabalhos. Confira:
Como a sua jornada na música começou? E quais as inspirações artísticas da sua vida?
Quando eu tinha 10 anos, depois de insistir muito para minha mãe, comecei a fazer aulas de piano e canto, esse foi meu primeiro contato sério com a música. Durante as aulas eu me encontrei, e a partir daí eu tentava envolver a música em tudo que eu fazia, como praticar em casa e fazer apresentações na escola. Desde pequena eu gostava muito de cantar e dançar, e tinha como inspiração “Casi Angeles”, uma novela musical Argentina, e os clipes que eu assistia da Beyoncé. Essas são influências que eu tenho até hoje, mas também me espelho em artistas como Little Mix e Lady Gaga, que, assim como eu, gostam de fazer um pouco de tudo em seus shows, como performances, tocar piano e cantar a capella.
Por ser uma produção independente, a música “Não Vou Soltar” já foi escrita com um clipe em mente? Você já tinha experiência em produções audiovisuais?
“Não Vou Soltar” foi a primeira música que eu escrevi pensando em um clipe, antes mesmo dela estar pronta. As ideias foram nascendo junto com a letra da música, e eu tinha um desejo de produzir um videoclipe romântico, com algumas cenas em que eu atuava e imagens no estilo de câmeras antigas. Antes da gravação de “Não Vou Soltar”, eu tive experiências anteriores gravando com a equipe da Fábrica de Cultura, que produziu o single e o clipe do meu primeiro projeto autoral, a música “Sou Eu”, e também fui convidada pela Fábrica a gravar uma versão Reggaeton/Pop da música “Rua Augusta” de Ronnie Cord.
Percebe-se um estilo bem romântico nos seus projetos. Como esse tema te inspira a criar? Desde escrever suas letras até produzir um clipe musical.
A maioria das vezes que eu estou compondo é uma forma de desabafo. Eu escrevo o que estou sentindo naquele momento, e depois olho para as letras e acabo encontrando algo nela que me dá a ideia de uma música. E por eu ser bem romântica, esse lado de relacionamentos me inspira mais, então uso minhas experiências em meus projetos. E além de poder ouvir e sentir a canção, eu gosto de visualizar ela. Sou apaixonada pelo audiovisual e enxergar na minha cabeça o que eu quero expressar e poder tirar do papel é algo que eu realmente amo.
Como você pretende evoluir seus trabalhos daqui pra frente? Ser uma estudante de música erudita influência algo na sua carreira voltada para o gênero Pop?
Eu quero evoluir muitas coisas, e com as minhas experiências que nem sempre são um mar de rosas, aprendi que é necessário ir um passo de cada vez. Pretendo melhorar minhas composições, performances, e me dedicar aos meus estudos de canto. Me interesso na ideia de investir mais nas produções audiovisuais, além de explorar outros lados meus, como aprofundar minhas coreografias. Em relação ao erudito, ele é a minha base. É o que me trouxe disciplina e técnica para o meu trabalho e me permite desenvolver as minhas músicas pop. Existe também um apego emocional com o erudito. Percebi que o que mais me atrai ao ouvir uma composição é a presença das cordas, como violinos, pois sou fascinada pela instrumentação, e tento pensar em maneiras de conectar esse mundo ao estilo popular.
Com dois singles no currículo, qual seria o seu maior objetivo na carreira musical agora?
Meu maior objetivo agora é fazer com que “Não Vou Soltar” tenha um alcance maior e que minha arte ganhe reconhecimento. Gostaria de ter um público que queira ouvir mais do meu trabalho e do que ainda está por vir. Sonhando mais alto, com certeza quero buscar um contrato com uma gravadora, conseguir produzir um álbum e ter a oportunidade de performar minhas músicas em shows.
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