Com muita energia e letra provocativa, o trio punk rock paulistano Anônimos Anônimos solta a nova música “Só se morre uma vez” no streaming e videoclipe, via Repetente Records, a recém-lançada gravadora de Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher do CPM22.
“O disco tem músicas mais pesadas e uma um pouco mais pop-punk, mas achamos que essa seria um bom cartão de visita, até pra celebrar essa parceria com a Repetente, a proposta do selo, os caras do CPM22”, fala o vocalista Flávio sobre o single de estreia no selo.
A letra, aponta a banda, traz uma perspectiva do “niilismo otimista”. Assim como no 1º single da Anônimos Anônimos, Sísifo, de 2020, que é uma referência ao livro de Albert Camus, “Só se morre uma vez” reflete sobre o absurdo da existência e esse espaço onde o ser humano com consciência se encontra sozinho, mas também com espaço para criar sentido e fazer sua felicidade.
O clipe, então, tem tudo isso misturado com um humor singelo e cativante. Tem a banda tocando, numa linguagem bem clássica, como em audiovisuais do NOFX e Rancid, e uma historinha da Dona Morte perseguindo os músicos do AA.
“Também é uma coisa de outras bandas como Red Fang que nós gostamos e combina bem com o sarcasmo e o ‘rir de si mesmo’, que acreditamos ser uma das melhores arma para não enlouquecer”, desfere o vocalista.
“Só se morre uma vez” é um punk rock bem direto e reto, que remete às primeiras influências dos músicos, como bandas da cena californiana do punk melódico dos anos 90/2000.
Anônimos nem tão anônimos
Apesar de nome relativamente novo no punk nacional, o Anônimos Anônimos carrega experiência e anos de estrada.
Flávio Particelli (vocal e guitarra), Roberto Bezerra (baixo) e Marcelo Sabino (bateria e backing vocals) já haviam participado de outras bandas do cenário independente paulistano como Fullheart (1999-2006, com 1 EP e 2 discos) e Falante (2006 – 2009, com 2 EPs).
A proposta da banda, criada em 2020, é servir como um grupo de terapia, em que as pessoas podem se livrar das máscaras e pressões da sociedade através da música barulhenta e catártica. Liberdade, cumplicidade e amizade em um espaço onde todos são iguais.
Tratam de temas do cotidiano, da vida sempre com uma visão analítica crítica, com humor ácido e questionador, que pode misturar otimismo com niilismo.
Os músicos ainda possuem outros projetos em atividade. O baterista, Marcelo, toca nas bandas punk Chuva Negra e Faca Preta, e o vocalista Flávio toca na dupla de folk A Ride For Two.
No começo de 2020, lançaram dois singles e um videoclipe de forma independente. Após isso, atravessando todo o período de pandemia em 2021, concentraram seus esforços em compor e gravar de forma segura e sem pressa o primeiro EP da banda “Baita Astral’.
O EP, que será lançado em 2022, possui cinco músicas e foi produzido por Phil Fargnoli, guitarrista da banda CPM22, que também toca em uma das faixas.
Siga a banda no Instagram: https://www.instagram.com/anonimosanonimosclub/